PiTacO do PapO - 'Papillon' | 2018
NOTA 8.5
Por Rogério Machado
'Papillon' ostenta o posto de clássico dos clássicos quando falamos em filmes de fugas mirabolantes de presÃdios intransponÃveis . O filme de 1973, sob a direção de Franklin J. Schaffner que trazia Steve MacQueen e Dustin Hoffman que foram eternizados por seus papéis, acaba de ganhar uma nova versão pegando carona na onda de remakes. Sendo um remake, as comparações seriam inevitáveis, mas é preciso dizer que é importante aceitar o potencial que cada nova obra tem de se contextualizar, mas claro, sem perder sua essência.
Na história, Henri Charrière (Charlie Hunnam), chamado de Papillon, é um pequeno bandido do subúrbio de Paris da década de 30 que é especializado em roubo de pedras e joias preciosas. Certo dia, depois de uma emboscada, ele é condenado à prisão perpétua por um crime que não cometeu. Enviado para a Ilha do Diabo, na Guiana Francesa, ele conhece Louis Dega (Rami Malek), homem que Papillon promete ajudar em troca de auxÃlio para escapar da prisão. O que ambos não sabiam é que a partir dessa união de interesses, uma grande amizade surgiria.
'Papillon' é baseado no livro de Henri Charrière, cujo bastidor envolve uma teoria da conspiração de que ele teria roubado a história de outra pessoa e lançado como se fosse sua. Com controvérsia ou sem controvérsia, o que importa é que a edição , datada de 1969, se tornou um best seller mundial sendo traduzido em cerca de 21 idiomas, e chega à sua segunda versão na tela grande.
Há quem diga que o longa do praticamente estreante Michael Noer, é desnecessário e sem brilho - uma comparação injusta quando temos nos papéis originais figuras como McQueen e Hoffman, e pela ordem natural dos deuses da cinefilia, tendemos a nos fazer de juÃzes de valor ao desvalorizar com certa frequência o que é novo. Porém, há que se valorizar a contextualização da obra, que apesar de um drama, consegue leveza e toques cômicos pontuais que salvam a narrativa em diversos momentos, assim como os ótimos Hunnam e Malek (esse último prestes a viver o grande papel de sua vida na cinebio do 'Queen') cuja empatia e performance se tornam o maior acerto dentro do projeto.
Além de nos contar sobre uma amizade que nem as piores circunstâncias fariam ruir, a história se torna também uma lição sobre resistência, coragem e resiliência. Com seu 'Papillon', ao invés de fazer um filme sobre o quanto nossos corpos podem suportar, Noer procura retratar as distâncias que nossos corações podem percorrer. As dificuldades e a dor da jornada de Papillon são, portanto, permitidas para que culminem em um senso de propósito e esperança. Porém, não é somente sobre o que estes prisioneiros podem suportar, mas sim sobre como eles se recusam a perder suas essências no processo.
'Papillon' é baseado no livro de Henri Charrière, cujo bastidor envolve uma teoria da conspiração de que ele teria roubado a história de outra pessoa e lançado como se fosse sua. Com controvérsia ou sem controvérsia, o que importa é que a edição , datada de 1969, se tornou um best seller mundial sendo traduzido em cerca de 21 idiomas, e chega à sua segunda versão na tela grande.
Há quem diga que o longa do praticamente estreante Michael Noer, é desnecessário e sem brilho - uma comparação injusta quando temos nos papéis originais figuras como McQueen e Hoffman, e pela ordem natural dos deuses da cinefilia, tendemos a nos fazer de juÃzes de valor ao desvalorizar com certa frequência o que é novo. Porém, há que se valorizar a contextualização da obra, que apesar de um drama, consegue leveza e toques cômicos pontuais que salvam a narrativa em diversos momentos, assim como os ótimos Hunnam e Malek (esse último prestes a viver o grande papel de sua vida na cinebio do 'Queen') cuja empatia e performance se tornam o maior acerto dentro do projeto.
Além de nos contar sobre uma amizade que nem as piores circunstâncias fariam ruir, a história se torna também uma lição sobre resistência, coragem e resiliência. Com seu 'Papillon', ao invés de fazer um filme sobre o quanto nossos corpos podem suportar, Noer procura retratar as distâncias que nossos corações podem percorrer. As dificuldades e a dor da jornada de Papillon são, portanto, permitidas para que culminem em um senso de propósito e esperança. Porém, não é somente sobre o que estes prisioneiros podem suportar, mas sim sobre como eles se recusam a perder suas essências no processo.
Vale Ver !
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