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PiTacO do PapO - 'Aquaman' | 2018

NOTA 9.0


Exuberância no fundo do mar

Por Karina Massud @cinemassud


Viva! Parece que a DC Comics finalmente está entrando nos eixos. Depois dos fiascos ( tanto de público quanto de crítica) “Esquadrão Suicida” e “Batman vs Superman” (ambos de 2016, sem citar os anteriores) vieram os acertos “Mulher Maravilha” ( de 2017, e que AINDA é meu preferido) e agora “Aquaman”, que gerou grandes expectativas e não desapontou.


O filme conta a origem do herói Atlante, desde a sua infância até sua ascensão como Aquaman. Arthur é filho de Atlanna, rainha de Atlântida (Nicole Kidman divando pra não perder o hábito) e de um  faroleiro humano; ele  cresce entre o fundo do mar e a superfície e por isso tem um conflito interno que  é muitas vezes resolvido na pancadaria. Ele é o legítimo herdeiro do trono de Atlântida depois que o Rei dos Sete Mares morreu e os reinos ficaram divididos. Mas seu irmão Mestre do Oceano quer o poder pra si e resolve declarar guerra à superfície e aos demais reinos. O salvador de tudo isso é Arthur, que a princípio não quer pra si o posto. Jason Momoa sendo Jason Momoa mas também um Aquaman perfeito (quem se transformou em quem?!), com seus anéis gigantes, braceletes, colete de couro, cabelo ao vento, uma caneca de Guinness na mão e um jeito 'rock n' roll' e sarcástico de ser.

Ótima a analogia com a lenda do Rei Arthur, que era o  legítimo rei que tinha o poder de tirar a espada da rocha: o mestiço Arthur é o único que pode resgatar o tridente místico do Rei dos Sete Mares do fosso abissal protegido por criaturas letais. Aos que são profundos conhecedores dos quadrinhos peço desculpas se essa referência ao rei de Camelot não é novidade na história original do herói, pois esta que vos escreve é leiga nesse universo e conhece apenas o Aquaman da Liga da Justiça dos Super Heróis, desenho popular nos distantes anos 80.

A ação da trama é insana, cenas absurdamente rápidas de perseguições, lutas muito bem coreografadas e efeitos especiais incríveis. O figuro é precioso: roupas metalizadas coladas nos corpos perfeitos, translúcidas feitas de águas vivas e outros seres aquáticos, escamas e bordados de alta costura. A trilha sonora é arrebatadora e  fundamental para o clima de ação non-stop do filme; temos desde a trilha original poderosa de Rupert Gregson-Williams a músicas de Depeche Mode, Rage Against The Machine, Skylar Grey, White Stripes, Sigur Rós...uma seleção épica e muito bem colocada em cada cena. As imagens subaquáticas em 3D são de tirar o fôlego: um mar de psicodelia em cores na sua maioria frias, muitos azuis, violeta, branco, prateado e verde, um deleite pros olhos. 

A produção acerta em não fazer muitas ligações com a “Liga da Justiça” e focar na origem do herói que há tanto tempo vinha sendo relegado ao segundo plano do panteão heroico. Tudo é superlativo em “Aquaman”: elenco, música, figurino, visual, ação, e se não atinge a perfeição (talvez por tentar ser esse exagero em tudo) diverte plateias de todos os tipos. 

Bem-vinda de volta DC!

Super Vale Ver !


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