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PiTacO do PapO - 'O Gênio e o Louco' | 2019

NOTA 6.5

Por Rafael Yonamine @cinemacrica


É preciso reconhecer que boa parte do apetite em ver a obra se deve à presença de Mel Gibson e Sean Penn nos cartazes. Apesar de a inspiração vir da literatura e, portanto, não ser essencialmente original, "O Gênio e o Louco" tem como roteiro uma importante passagem Histórica centrada na ambiciosa elaboração do Dicionário de Oxford.


Na pele do professor autodidata John Murray, encarregado do projeto, está Mel Gibson. O paralelo menos glamuroso reside no ex-militar norte-americano Chester Minor, aqui representado por Sean Penn. Minor, vítima de graves transtornos psicológicos, é preso e internado num hospital psiquiátrico após cometer um homicídio. O motivo remonta à sua condição: por considerar que estava sendo perseguido, dispara contra um inocente. O drama vai tecer a relação dessas figuras antagônicas no desenvolvimento desse documento.

A maior gratificação foi ter a expectativa das atuações atendidas. Mesmo carregando vícios de Hollywood, a direção não relegou a atuação da dupla central à vala comum. Mais recatado e formalmente no papel central, Gibson é seguro em posicionar a sobriedade do professor à frente de um projeto cabível para poucos. Seu paralelo polifônico, Penn, sobressai-se de forma brilhante. O ator esbanja a versatilidade que uma mente perturbada demanda, construindo inclusive a concepção de que o filme poderia se chamar "O Louco e o Gênio".

Entretanto, não são isolados os exageros norte-americanos a fim de tornar tudo mais magnânimo. É extremamente artificial, tanto no contexto do professor como do internado, a criação de um maniqueísmo disfuncional. São vilões fracos e mal construídos. Exagera-se também no peso dado ao paciente na construção do projeto. A visão exagerada traz implicitamente a noção de que a loucura habilita a execução de tarefas difíceis.


Vale Ver Mas Nem Tanto ! 





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