PiTacO do PapO! - ' Shaft' | 2019
NOTA 6.0
Por Sérgio Ghesti @meuhype
Novo 'Shaft' é uma comédia de ação boba e perdida no tempo, sem qualquer "feeling" do quão constrangedora se torna sua abordagem sexista e machista nos tempos atuais além de uma trama de ação sem muitos atrativos. O personagem que surgiu na década de 70 nas mãos de Richard Roundtree, já era um personagem controverso com uma vibração excessivamente sexual. Era outra época, onde se podia brincar com charme sem escorregar gravemente no machismo e na misoginia. Em 2000, o personagem surge na pele de Samuel L. Jackson. A releitura não muito inspirada do clássico não agradou e fez relativo sucesso.
O Shaft de 2019 é a junção das gerações e na insistência de piadas desgastadas sobre masculinidade sem qualquer frescor ao gênero. A produção marca o retorno de Jackson como John Shaft, após 19 anos, porém o foco é seu filho interpretado por Jessie Usher ('Independence Day 2'). O principal atrativo são algumas sacadas cômicas escritas por Kenya Barris (Black-ish) mostrando essa diferença entre as gerações e é o único acerto do longa que chega ao Brasil após um acordo entre o estúdio New Line/Warner com a Netflix, onde o filme chega diretamente ao Streaming sem passar pelos cinemas assim como ocorreu com com outro filme recente, 'Megarromântico'.
O Shaft de 2019 é a junção das gerações e na insistência de piadas desgastadas sobre masculinidade sem qualquer frescor ao gênero. A produção marca o retorno de Jackson como John Shaft, após 19 anos, porém o foco é seu filho interpretado por Jessie Usher ('Independence Day 2'). O principal atrativo são algumas sacadas cômicas escritas por Kenya Barris (Black-ish) mostrando essa diferença entre as gerações e é o único acerto do longa que chega ao Brasil após um acordo entre o estúdio New Line/Warner com a Netflix, onde o filme chega diretamente ao Streaming sem passar pelos cinemas assim como ocorreu com com outro filme recente, 'Megarromântico'.
Em contrapartida, a falta de uma ação interessante cria uma comédia de ação inadequada, do tipo que prosperou nos anos 80 e que hoje em dia se mostram perdidas no tempo. Jackson - transparecendo seus 70 anos - agora é apresentado como um gatinho para as mulheres e se reencontra com seu filho, anti-machista, graduado no MIT que ele não via há décadas. Esse choque de pensamentos era o ponto focal para transformar a história em algo diferente da enxurrada de filmes de ação cheia esteriótipos e clichês e quase sempre tratando as mulheres como acessório dos homens e gays como sinônimo de fraqueza. O filme não tem esse papel de levantar questões e perde uma boa oportunidade e argumento para organizar seu tom muitas vezes depreciativo.
O longa segue JJ (Jessie Usher), que pede ajuda a seu pai, Shaft (Samuel L. Jackson), para investigar a suspeita morte de um de seus melhores amigos. Juntos, a dupla se envolve em situações cada vez mais perigosas, até que o Shaft original se junta ao pai e filho. Com os problemas geracionais que atingem todas as famÃlias, os três precisam desvendar o mistério da morte do jovem, enquanto lidam com suas diferenças. Dirigido por Tim Story ('Quarteto Fantástico') o elenco ainda conta com Regina Hall ('Viagem das Garotas') e Method Man ('The Deuce') no elenco. A produção termina não funcionando nem pela ação e nem pela comédia. Perderam uma boa chance de renovar o personagem e trazer algo inesperado. Descartável.
Vale Ver Mas Nem Tanto!
Vale Ver Mas Nem Tanto!
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