PiTacO do PapO - 'Ted Bundy - A Irresistível Face do Mal '
NOTA 8.0
Por Rogério Machado
'Extremely Wicked Shockingly Evil and Vile' , ou em português 'Ted Bundy- A Irresistível Face do Mal' disponível na Netflix gringa e que chega às salas por aqui essa semana, traz em sua abordagem o olhar da namorada de um nos maiores assassinos que os E.U.A já viu. Baseado no livro 'Ted Bundy : Um Estranho ao meu lado'. o longa atravessa os anos na vida desse homem que exercia um encantamento sobrenatural sobre as mulheres, e escapava da polícia e da prisão com relativa facilidade.
Bundy (vivido aqui por Zac Efron) ficou conhecido por ser um dos mais temíveis assassinos dos anos 1970 nos Estados Unidos. Por ser charmoso e comunicativo, seduziu e matou mais de 30 mulheres durante o período em atividade. No entanto, o filme é visto sob a perspectiva da namorada, Liz Kloepfer (Lily Collins) , que demorou a aceitar a natureza do homem por quem se apaixonou e que dormia todos os dias ao seu lado, mesmo tendo o denunciado três vezes por comportamento violento.
Já que o enfoque vem do olhar da parceira do assassino, é importante que se diga que aqui você não verá corpos e mais corpos mutilados, golpes e golpes de vítimas sentenciadas à uma morte impiedosa e chocante. Porém, muito embora o roteiro não se fie por esses caminhos, o longa sob a direção de Joe Berlinger (cineasta por trás da série documental 'Conversando com um Serial Killer: Ted Bundy'), tem altas dosagens de suspense, muito potencializado pela atuação superlativa de Efron, que deixa no ar com competência a índole do assassino: não sabemos se ele realmente acreditava que era inocente - talvez pelos traços visíveis de transtornos mentais - ou se ele tinha consciência que dissimulava o tempo todo. Impressão essa que cai por terra no último ato, mas que claro, deixarei em aberto para não estragar a surpresa do desfecho.
Destaque no último Festival de Sundance, o filme de título original altamente pesado, mas à altura da brutalidade do opressor aqui cinebiografado, não é um filme brilhante mas se sobressai pelas surpreendentes atuações de Efron e Collins , e óbvio, pelas aparições de John Malkovich, Jim Parsons e Kaya Scodelario, essa última também altamente concentrada no papel que exerceria para a história.
'Extremamente cruel e assustadoramente malvado e perverso..' dizia a sentença dada pelo juiz para o homem que em 1989 foi sentenciado a cadeira elétrica. É o título usado à favor da trama, talvez aí o primeiro acerto para atrair a atenção, além de claro, outros méritos que o longa angaria no seu percurso, como o de entreter e também informar, porque não?!
Vale Ver !
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