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Especial : 12 Felizes Apostas no Festival do Rio 2019

O Festival da Resistência.  Essa é a frase que fica na realização do Festival de Cinema Carioca esse ano.  Depois de muitos problemas para sua realização em virtude do desfalque generalizado na cultura do país, sobretudo no Rio de Janeiro, o Festival do Rio só ganhou fôlego para existir em 2019 por conta do sempre providencial crowfounding: a famosa vaquinha virtual, organizada pela Benfeitoria.  Muitos se uniram. Empresas do setor, atores, atrizes, profissionais do ramo e fãs de cinema (inclusive nós) e felizmente o Festival do Rio aconteceu, mais enxuto sim (com pouco mais de 100 títulos), mas muito mais forte e com um significado muito maior.  
Viva a cultura!  Viva o cinema! 


A seguir, confira algumas apostas certeiras que passearam pelos cinemas da Cidade Maravilhosa. São filmes que logo marcamos na agenda quando saiu a programação oficial , foram vistos e aprovados por nós. Alguns chegam logo no circuito, outros ainda seguem sem data certa de previsão. Já anota aí as dicas para não perder as estreias, tão logo elas aconteçam. 


1 -  Adoráveis Mulheres | Greta Gerwig


O elenco é o grande chamariz da produção, mas não teria o volume que tem não fosse a genialidade de Greta, que detém o poder de pegar um menu trivial e transformá-lo em um banquete cinematográfico. De desenvolvimento nada linear, a história se constrói como uma grande colcha de retalhos da vida dessas pequenas mulheres, e promove com cuidado os pontos de ligação entre passado e presente. (Leia mais)

2 - A Febre | Maya Da-Rin 


O filme é uma oportunidade de observar com empatia como nossa sociedade não possui ferramentas para a integração dos povos, a opressão de quem é diferente e muitas vezes sem motivo algum, é a representação do desmonte de politicas públicas que apoiam as minorias e dão a oportunidade de igualdade ao povo indígena que é a raiz do nosso país. A simplicidade da vida de Justino é tocante, mesmo que por alguns momentos o ritmo do filme seja mais contemplativo, - é uma ficção que funciona quase de forma documental e transita em um tema bastante importante a ser discutido em nossa sociedade (Leia mais)

3 - O Que Vão Dizer | Iram Haq


Escrito e dirigido pela cineasta Iram Haq, o poderoso drama 'Hva Vil Folk Si', no original, é uma jornada em torno das escolhas possíveis de uma jovem descendente de paquistaneses que vive na Noruega envolta de rígidas regras impostas pelo pai por conta de tradições familiares. Conforme os minutos passam, as tensões aumentam entre os dois levando a um desfecho impactante. (Leia mais)

4 -  Pacarrete | Allan Deberton 


Além de abordar a loucura e como lidar com esse distúrbio de maneria inclusiva, o filme também assume de certa forma uma postura política. Primeiro pelo paralelo que faz com a vida dessa bailarina cujos ideais não se conectavam com o lugar onde ela vivia, e segundo porque seu espetáculo não tinha a menor chance de ser aprovado pela secretaria de cultura. Entra aí um apelo pela cultura, de como ela é ignorada pelo poder público e o quanto temos que gritar para nos fazermos ouvidos (Pacarrete assume essa postura confrontadora no longa), e nem assim somos atendidos. (Leia mais)

5 - Retrato de Uma Jovem em Chamas | Céline Sciamma


Vencedor de Melhor Roteiro e da Palma Queer em Cannes na mostra Um Certo Olhar, o filme tem um acabamento luxuoso. A fotografia, muito limpa e preenchida com cenários rochosos rodeados de mar, ampliam nosso olhar através dessas mulheres que vão se revelando os poucos - tanto entre elas como para o público - , tudo é muito delicado e as performances de Merlant e Haenel (essa última figurinha fácil no cinema francês) são sobremaneira tocantes. (Leia mais) 

6 - Sinônimos | Nadav Lapid 


O francês 'Synonymes', que chega no circuito essa semana ao Brasil, foi o grande vencedor num dos festivais mais prestigiados do mundo: o Berlinale. Com pouco a mostrar  mas muito a dizer, o diretor israelense Nadav Lapid apresenta uma incômoda narrativa de cunho altamente político.  Aliás, parece ter sido uma comoção mundial - o cinema esse ano, em diversos países e em grandes eventos, tendeu a laurear obras na mesma linha - 'Parasita' , do sul-coreano Bong Joon-ho, levou o prêmio maior em Cannes. (Leia mais) 

7 - Veneza | Miguel Falabella 


Carmem Maura (estrela de diversos filmes do cultuado cineasta Pedro Almodóvar), se torna a grande dádiva recebida por Falabella para dar a exuberância cênica que sua obra tem. Mas claro, todo o amparo técnico da produção coopera para tornar a experiência ainda melhor: a luz e a fotografia aqui se tornam essenciais ao sonho, e esses quesitos respondem a altura  e dão ainda mais charme a  história que nos é proposta. 'Veneza' exalta a imaginação e o sonho, mas também tem doses indigestas de realidade, afinal de contas, e infelizmente, nem todos compreendem o sonho alheio (Leia mais)

8 - Uma Mulher Alta | Kantemir Balagov


O cineasta Kantemir Balagov é hábil em demonstrar a proporção da hostilidade que o pós-guerra pode ganhar. É um terreno cuja fertilidade seletiva elege o que o instinto demanda no momento, não há concessões para moralismos ou reflexões que possam frear o impulso do que se acredita que é pertinente. Tendo a moral adaptada, portanto, não há obviamente a pretensão de delinear traços de nobreza, mas também não é possível arbitrar contrariamente àquelas normas que têm forte apelo de legitimidade. (Leia mais)

9 - 'Babenco - Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou!  | Bárbara Paz


O cineasta Kantemir Balagov é hábil em demonstrar a proporção da hostilidade que o pós-guerra pode ganhar. É um terreno cuja fertilidade seletiva elege o que o instinto demanda no momento, não há concessões para moralismos ou reflexões que possam frear o impulso do que se acredita que é pertinente. Tendo a moral adaptada, portanto, não há obviamente a pretensão de delinear traços de nobreza, mas também não é possível arbitrar contrariamente àquelas normas que têm forte apelo de legitimidade. (Leia mais)

10 - Skin | Guy Nattiv 


O grande trunfo de 'Skin' está na brilhante roupagem que seu protagonista dá ao personagem desse neonazista que se arrepende da vida que levava. De aparência assustadora, com o corpo coberto de tatuagens, acompanhamos a transformação desse homem, desde eventos de impacto até intervenções mais leves. Jamie Bell (que apareceu recentemente em 'Rocketman') vive aqui o personagem mais denso de sua carreira em uma atuação tão incrível que as intenções desse personagem são exprimidas quase que sempre pelo olhar. (Leia mais)

11  -Judy : Muito Além do Arco Íris | Rupert Goold


Enquanto cinebio, é possível que a produção não impressione ao fãs mais exigentes por deixar muitas informações do lado de fora do roteiro, mas isso não chega a ser um problema. É como citei anteriormente: 'Judy' pretende ser muito mais do que uma cinebio, é uma comédia dramática com um personagem real que alfineta a ditadura da perfeição no meio artístico e que ainda por cima deixa algumas lições acerca disso.(Leia mais)

12 - O Farol | Robert Eggers


As escolhas não somente narrativas como também cênicas, o formato de tela (rodado em 35mm em 1.19:1, ou em português claro, o quase quadrado), e ainda em preto e branco,  já entregam nos primeiros minutos que não teremos o trivial. Eggers já provoca de cara o espectador com a aparência rude de seus personagens e  hábitos nada educados. O clima não é propriamente de um suspense, mas ficamos com a nítida impressão, pelas visões de Winslow , que algo de sobrenatural pode acontecer a qualquer momento.​ (Leia Mais)


⧪ Colaboraram :

Raphael Camacho @guidocinéfilo
Sérgio Ghesti @meuhype
Rafael Yonamine @cinemacrica 



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