Dica Telecine: 'Em Algum Lugar do Passado' | 1980
Por Rogério Machado
No limiar do anos 80 surgia 'Em Algum Lugar do Passado', um filme que foi execrado pela crÃtica mas que anos mais tarde se tornou um clássico cult. Christopher Reeve, o eterno e inesquecÃvel Superman, que vinha de dois grandes sucessos de bilheteira na pele do herói, na certa despertou curiosidade. O drama romântico sob a direção de Jeannot Szwarc (um especialista em direção de séries : 'Grey´s Anatomy', 'Castle', 'Scandal', 'Supernatural' ) une ficção e romance, sem ser necessariamente um filme de ficção. Uma produção de época que mescla um universo misterioso de hipnose e amores platônicos.
A narrativa tem seu ponto de partida em 1972 acompanhando a estreia de uma peça do jovem dramaturgo Richard Collier (Christopher Reeve) na pequena Millfield. Ele é abordado por uma mulher idosa e misteriosa que aperta em suas mãos um antigo relógio de bolsa e implora: “volte para mim!”. Richard fica obcecado em descobrir a identidade daquela mulher, até descobrir que era uma famosa atriz do inÃcio do século chamada Elise McKenna (Jane Seymour).
Hospedado no clássico Grand Hotel, Richard descobre uma antiga foto da atriz exposta no salão histórico e que ali esteve apresentando uma peça teatral em 1912, o que faz aumentar ainda mais a paixão e obsessão. Porém, a maior surpresa foi descobrir que aquele relógio que possuÃa na verdade era daquela senhora que o havia abordado há oito anos atrás. Intrigado, Richard começa a empreender uma pesquisa sobre as reais possibilidades de se fazer uma viagem no tempo, até recorrer a um antigo professor de Filosofia que lhe passa um método simples, baseado em auto-hipnose: tudo que Richard precisa fazer é se isolar em um quarto e remover todos os objetos modernos que lembrem o presente. Vestido com trajes de época e deitado em uma cama, Richard é transportado para aquele momento da apresentação da jovem e radiante Elise, 60 anos atrás no tempo.
É certo de que a premissa é super simples. Além do que os dramas surgem com as mesma facilidade com que se dissolvem. Não há o devido tempo de narrativa que nos fazem torcer pelo casal ou que nos deixe apreensivos quanto ao futuro deles. É demasiado raso o que sabemos sobre o envolvimento de McKenna com seu empresário, William Robinson (Christopher Plummer, desde sempre competente), que ao que parece, mantém um domÃnio sem uma razão plausÃvel. Robinson é o único empecilho para que o casal assine o 'felizes para sempre', e esse dilema não tem uma evolução com doses emocionantes.
Ainda sim, como todo bom clássico, 'Em Algum Lugar do Passado' é obrigatório entre as sagas românticas já produzidas; não só por ter o saudoso Reeve em sua melhor forma, mas também pela trilha marcante de John Barry: 'Somewhere in Time' é uma das trilhas mais belas e melancólicas compostas para uma produção de cinema até hoje.
É certo de que a premissa é super simples. Além do que os dramas surgem com as mesma facilidade com que se dissolvem. Não há o devido tempo de narrativa que nos fazem torcer pelo casal ou que nos deixe apreensivos quanto ao futuro deles. É demasiado raso o que sabemos sobre o envolvimento de McKenna com seu empresário, William Robinson (Christopher Plummer, desde sempre competente), que ao que parece, mantém um domÃnio sem uma razão plausÃvel. Robinson é o único empecilho para que o casal assine o 'felizes para sempre', e esse dilema não tem uma evolução com doses emocionantes.
Ainda sim, como todo bom clássico, 'Em Algum Lugar do Passado' é obrigatório entre as sagas românticas já produzidas; não só por ter o saudoso Reeve em sua melhor forma, mas também pela trilha marcante de John Barry: 'Somewhere in Time' é uma das trilhas mais belas e melancólicas compostas para uma produção de cinema até hoje.
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