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Uma dupla inusitada contra o crime em 'Coffee e Kareem' | 2020

NOTA 7.0

Por Karina Massud @cinemassud 


Nesse período louco que estamos vivendo, nada melhor do que assistir algo leve e bobo que desligue a cabeça das notícias preocupantes. E a Netflix é expert em produções despretensiosas que divertem de tanto besteirol, porque nem tudo precisa ser obra-prima ou filme reflexivo e cheio de mensagens... “filmes pipoca” precisam existir. Dito isso vamos a um filme simplesinho que ajuda a passar a hora e distrair a família.


“Coffee e Kareem” é um buddy movie com a dupla “padrasto e enteado” que a princípio não vão com a cara um do outro. Kareem é um garotinho aspirante a rapper que acha que pode se meter com gângsters para assustar o namorado da mãe, mas quando isso acontece ele acaba se metendo numa baita confusão. Coffee (Ed Helms) é o padrasto, um policial atrapalhado e desacreditado pelos colegas de trabalho, e que apesar de parecer um fracassado, não perde o humor e otimismo - e isso é divertido - suas confusões e  tentativas de agradar e virar amigo do enteado rendem as cenas mais engraçadas.

Kareem é vivido pelo jovem ator Terrence Little Gardenhigh,  que rouba a cena pois é uma fofura, carismático e falante, entretanto, o excesso de palavrões e frases de conteúdo sexual soam apelativos, o personagem seria mais realista e bacana se a boca-suja fosse mais dosada. Sua mãe é vivida pela Taraji P. Henson, que nunca desaponta e sempre brilha em qualquer produção, divertida, briguenta e com frases incisivas para o filho e o namorado. Os gângsters estabanados que perseguem a dupla protagonista também fazem rir, são bandidos que não sabem ser maus e vivem indecisos se matam ou não os inimigos.

O longa é uma grande zoeira com filmes policiais e com todos os clichês do gênero: dupla “branco e negro”, policiais corruptos, policial honesto mas desacreditado, tiros, perseguições, toneladas de drogas e trilha sonora do Shaft.  “Coffee e Kareem” tenta mas não chega a ser um filmão como o subestimado “Dois Caras Legais” ou o sucesso “Maquina Mortífera”, e a certo momento fica um pouco cansativo, no entanto, a duração (1:38h) contribui para a produção não se tornar um desastre. As piadas e situações do tipo pastelão que pontuam a trama seguram o interesse do espectador até o final - está aí uma boa opção pros momentos de ócio da quarentena.


Vale Ver !


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