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“Moxie : Quando as Garotas vão à Luta” é um belo despertar para o empoderamento e luta feminista | 2021

NOTA 8.0

Por Karina Massud @cinemassud 

Mão boba, encoxada, cantadas chulas, piadinhas sexistas: que mulher nunca se sentiu invadida com essas pequenas opressões e assédios que todas nós já passamos pelo menos uma vez na vida? 

Adaptado do livro de 2017 de Jennifer Mathieu, “Moxie: Quando as Garotas Vão à Luta”, o filme homônimo narra a trajetória de amadurecimento de Vivian, uma adolescente tímida de 16 anos que um dia se cansa de sofrer e de presenciar calada essas opressões que infelizmente foram banalizadas.

A trama se passa num colégio onde escancaradamente se cultiva o machismo e preconceito contra as meninas através de pequenas atitudes: o jogador de futebol bonitão e babaca a quem tudo é permitido; a menina com seios fartos que é mandada pra casa só por usar camiseta regata, e por aí seguem os absurdos. O ambiente escolar americano já é um lugar hostil pela abominável classificação dos alunos em rótulos, o atleta popular, a gostosona que todos querem namorar, os nerds e os descolados que sofrem bullying pesado, tudo  que potencializa e alimenta a desigualdade de gênero e o sexismo.

Um dia, Vivian, inspirada numa aluna nova e guerreira, e no passado da mãe (a comediante Amy Poehler, que também produz e dirige muito bem o longa) decide publicar um zine, um tipo de revistinha ilustrada com fotos e textos denunciando anonimamente a situação dos alunos. A revista “Moxie” (que significa coragem, bravura) viraliza e se transforma num grande movimento revolucionário ao qual meninos e meninas se juntam.

Feminismo é ser e fazer tudo o que você quiser para ser feliz, inclusive dizer “Não” a abusos e botar a boca no trombone quando se sentir lesada. Estamos diante de um filme feminista para adolescentes que surpreende por sair do lugar comum dos filmes do gênero, pois desperta a gana por lutar pelo que é certo de forma inteligente e sensata. As questões costumeiras da juventude, como entrar na faculdade e a primeira transa, estão presentes mas são secundárias, o foco mesmo é o delicioso ativismo das garotas contra a cultura do estupro e do assédio. 

Esqueçam a velha e boba rivalidade feminina, unam-se pelo bem comum e mobilizem-se para reivindicar direitos iguais, a inclusão social e o fim da vista grossa por parte de professores, diretores e até mesmo dos próprios alunos. O movimento contra o assédio #MeToo não pode morrer! “Moxie: Quando as Garotas Vão à Luta” é um filme inspirador de amadurecimento que deixa a sensação de que batalhar por justiça sempre vale a pena. 


Vale Ver!



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