Especial: Os 25 Melhores Filmes de 2021
É chegada a hora de divulgar nossa tradicional lista dos melhores filmes do ano segundo a equipe do Papo. Foi mais um ano difÃcil para a arte em geral, mas ainda assim com grandes tÃtulos passando pelo streaming, claro que com menor fluxo e intensidade nas salas de cinema - que aos poucos estão vendo o retorno do público - mas nem por isso com produções de nÃvel inferior, muito pelo contrário.
Como de costume, é válido deixar registrado que nossa lista atinge todos os gêneros, do blockbuster ao cinema de arte, do documentário à animação, todos tem espaço. É sempre uma tarefa árdua, mas a dedicação em fazer dessa lista uma referência de boas escolhas para sua próxima sessão nunca faltará para nós do Papo de Cinemateca.
Vamos então a nossa lista feita a seis mãos pela equipe do Papo. Lembrando que sempre damos preferência a filmes lançados no brasil, seja no streaming ou nas telas do cinema, dentro do ano em que a lista vai ao ar. Ah! Acaso você sinta falta de um ou outro tÃtulo, fique à vontade para comentar e acrescentar aquele filme que mais te tocou esse ano. Acima do amor ao cinema, está o senso democrático que só os amantes das artes conhecem... Sempre tem lugar para mais um nessa lista.
1- Identidade | Rebecca Hall
2 - Nomadland | Chloé Zhao
Depois do colapso financeiro de 2008 nos EUA muita gente perdeu emprego, casa, famÃlia ou qualquer tipo de esperança, e foi aà que surgiram os nômades (por isso o tÃtulo do filme, em tradução literal “Terra dos Nômades”), grupos de americanos que cruzam o paÃs em busca de subempregos temporários, vivendo em trailers, dormindo em estacionamentos e algumas vezes confraternizando em festas no acampamento ou bares de beira de estrada. E essa realidade penosa que lhes restou é retratada em “Nomadland”. (Leia mais...)
3 - Cry Macho | Clint Eastwood
No longa acompanhamos Mike Milo (Clint Eastwood), uma ex-estrela de rodeios e ex-domador de cavalos que após um perÃodo difÃcil recebe o pedido de um amigo para resgatar seu filho no México, onde supostamente estaria sendo alvo de maus tratos. Após chegar ao local, Mike conhece Rafo (Eduardo Minett), um menino rebelde que vive nas ruas fugindo dos capangas de sua mãe e tentando sobreviver tendo como melhor amigo seu galo, Macho. (Leia mais...)
4 - Marighella | Wagner Moura
Aproveitando o que é contado acerca dos últimos anos de vida do lÃder revolucionário no livro “O Guerrilheiro que Incendiou o Mundo”, de Mario Magalhães, Wagner vai de certa forma usar o que aprendera com José Padilha nas filmagens de “Tropa de Elite 1 e 2” para imprimir a energia necessária à narrativa – e isso ninguém nega que ambos tenham – deste que se anuncia já nos primeiros minutos como um legÃtimo filme ação. No entanto, diferente dos longas protagonizados por alguém a serviço de um Estado repressor, temos uma obra que exalta um lÃder revolucionário que se opôs contra os abusos cometidos durante o perÃodo da ditadura militar. (Leia mais...)
5 - Titane | Julia Ducournau
Vencedor da Palma de Ouro em Cannes e escolhido para representar a França no Oscar 2022, 'Titane' dispensa qualquer apresentação ou sinopse, e qualquer tentativa nesse sentido pode gerar uma falsa impressão sobre ele, afinal, absolutamente nada nessa experiência é obvia ou banal. A toxicidade das relações e suas cicatrizes talvez sejam os temas mais presentes até a rolagem dos créditos finais, mas a diretora Julia Ducournau trabalha suas alegorias em camadas muito mais profundas no decorrer da narrativa, de modo que na passagem do primeiro para o segundo ato o filme perde ritmo e encontra dificuldade para se manter, já que promove uma ruptura abrupta e por vezes se apresenta quase como um novo filme. (Leia mais...)
6 - Luca | Enrico Casarosa
A trama gira em torno do personagem-tÃtulo Luca, que é um monstro marinho e vive com a famÃlia em uma área costeira da Itália. Sua rotina de pastorear peixes/ovelhas é quebrada quando ele conhece Alberto, que é outro monstro marinho mas mora em terra firme. Luca passa a frequentar a superfÃcie com seu novo amigo, e, com a descoberta da famÃlia dessa vida paralela e a represália que se deu com o castigo de ir morar nas profundezas do oceano com um tio esquisitão, Luca foge de casa para se aventurar com Alberto e descobrir o mundo. (Leia mais...)
7 - Liga da Justiça de Zack Snyder | Zack Snyder
O filme de Zack Snyder, mais do que uma peça comercial, é feito com o coração. É o amor do diretor pelos personagens que ele admira desde criança, exposto em som e imagens, na forma de cinema. Snyder leva tudo a sério, porque ele realmente acredita naquilo. Desse modo, Snyder não demonstra qualquer interesse em trazer os membros da Liga da Justiça de volta à terra. Em vez disso, ele os trata como deuses. Eles existem aqui como existem na imaginação de crianças nerds que levam os super-heróis tão a sério quanto um cristão leva a BÃblia. (Leia mais..)
8 - Quo Vadis, Aida? | Jasmila Žbanić
13 - O Último Duelo | Ridley Scott
A distribuição de 'O Último Duelo' ocorre em três partes, todas elas intituladas "a verdade segundo fulano", sendo esse fulano o personagem responsável pela perspectiva apresentada em tela. Acompanhamos os divergentes lados da mesma história enquanto tudo se encaminha para o grande (e excelente) duelo anunciado no tÃtulo. Com isso, temos o curioso exercÃcio de assistir algumas mesmas cenas três vezes, porém sempre com algo de novo ou diferente acontecendo. Em um encontro entre Jean de Carrouges e Jacques Le Gris (respectivamente interpretados por Matt Damon e Adam Driver) vemos uma inversão no texto, que usa as mesmas palavras em expressões amistosas, mas proferidas por iniciativa sempre daquele a quem o capÃtulo acompanha. (Leia mais...)
14 - Homem-Aranha: Sem Volta para Casa | Jon Watts
'Sem Volta Para Casa' é um trabalho magnÃfico de redenção - isto é, para o personagem tÃtulo, é claro, mas também para os estúdios e produtores envolvidos. Quando vemos Peter Parker (Tom Holland) tentando consertar sua própria história mudando o passado, é como se vÃssemos Marvel e Sony entrando em comum acordo sobre os equÃvocos cometidos em arcos anteriores do personagem e abraçassem isso com carinho, deixando um rico lembrete de que só nos tornamos o que somos hoje através dos erros que cometemos - e que nunca é tarde demais para uma reparação de danos. (Leia mais...)
15 - Deserto Particular | Aly Muritiba
16 - Annette | Leos Carax
Em “Os Amantes da Pont-Neuf”, terceiro filme de Alex Christophe Dupont (vulgo Leos Carax), as figuras encarnadas por Juliette Binoche e Denis Levant (seu ator-assinatura) correm festejando o feriado da Queda da Bastilha em meio a um foguetório tão lindamente filmado que o espectador chega a se esquecer de todo o drama vivido por aquele casal em situação de rua. Na conturbada produção de 1991, após os minutos iniciais que fazem questão de mostrar uma Paris diferente da vista no cartão postal e no cinema, Carax vai usar a relação que se constrói em meio a um local em reconstrução – a ponte mais antiga da cidade – para trazer um tema que se tornaria presente ao longo de toda a sua filmografia e que atinge o momento mais agudo em 2012 com o fenomenal “Holy Motors”: a desolação por trás do espetáculo. (Leia mais...)
17 - Meu Pai | Florian Zeller
O que somos nós, quando praticamente incapazes de nos reconhecer no espelho? O que é alguém sem memória? Desencontramo-nos de nós mesmos? Ainda que por menos de 2 horas, o cineasta francês Florian Zeller consegue nos passar uma ideia do que é viver assim. Adaptando a peça de teatro escrita por ele mesmo, o filme é uma aula de direção ministrada por um, acreditem se quiser, estreante em longas. Não é um filme, como se poderia imaginar, carregado por suas estrelas, Hopkins e Olivia Colman. Há um trabalho brilhante por trás. (Leia mais...)
18 - Ataque dos Cães | Jane Campion
'Ataque dos Cães' tem uma narrativa rica em sÃmbolos, de modo que um segundo olhar nos possibilita desvendar mais de suas camadas. Se trata de um enredo corajoso ao debater temas como masculinidade e solidão de forma verdadeira, sensÃvel e direta, porém, um certo olhar contemplativo é necessário para maior imersão, afinal o filme tem seu próprio ritmo, o que pode restringir seu público e tornar a experiência enfadonha para os desavisados, mas definitivamente, em um mundo onde o debate entre o ser e o se descobrir ganha cada vez mais relevância, obras como essa se tornam mais que entretenimento, são uma fonte de reflexão e por que não dizer, de inspiração. (Leia mais...)
19 - Belfast | Kenneth Branagh
Aqui, Kenneth Branagh, o diretor responsável por Franskenstein de Mary Shelley (1994) e inúmeras adaptações de obras Shakespearianas, como 'Hamlet' (1996), 'Henrique V' (1989), faz de 'Belfast' seu exemplo, um retrato intimista embebido pelo sentimentalismo que o passado lhe traz, como uma carta para si ou mesmo uma coletânea de momentos que assiste seu Eu infantil e ingênuo em formação. (Leia mais...)
20 - Pieces of a Woman | Kornél Mundruczó
Na primeira sequência de “Pieces of a Woman” somos transportados pra casa do casal de protagonistas que decidiu ter sua primeira filha com a ajuda de uma parteira. Em meio a gemidos e contrações aflitivas, a câmera passeia por entre os cômodos da casa e do corpo da grávida que não aguenta mais, numa tensão crescente onde se sabe que uma tragédia é iminente, e quando ela acontece é de um impacto atordoante, mesmo depois que a trama acaba. O que era pra ser um acontecimento poético acaba num pesadelo ultra realista de tirar o fôlego. (Leia mais...)
21 - Pig | Michael Sarnoski
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