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'The Sadness': horror perverso e depravado, longa taiwanês vai testar seus limites | 2022

NOTA 7.0

Por Rafa Ferraz @issonãoéumacrítica 

Produções asiáticas têm lugar cativo entre as grandes quando o assunto é cinema. Se tratando de horror, sua relevância vem crescendo de forma exponencial e conquistando o mainstream, fenômeno que se intensificou nos últimos 20 anos. A título de exemplo temos o japonês 'O Grito' (2002), o tailandês 'Espíritos' (2006) e o coreano ‘Invasão Zumbi’ (2016). Títulos que conquistaram sucesso e uma legião de fãs pelo mundo. Após circular em alguns festivais especializados, 'The Sadness' agitou a comunidade do terror e chegou até mesmo a ser oferecido a Netflix, que recusou dado o teor extremamente gore e, portanto, sem muito apelo com o perfil dos assinantes da plataforma. No entanto, se valendo da máxima "falem mal, mas falem de mim!", o longa fez suficiente barulho para gerar repercussão global e colocar Taiwan no mapa desse seleto grupo de países tão proeminentes na arte do desgraçamento.

Na trama acompanhamos a trajetória de um jovem casal morador de Taipei, capital de Taiwan onde um vírus chamado Alvin se espalha rapidamente e transforma os infectados em sádicas e pervertidas criaturas sedentas por sangue.


Se elencados os méritos de 'The Sadness', definitivamente roteiro e argumento não vão constar nem no fim da lista. O destaque está inteiramente na brutalidade dos eventos e a frieza com que são mostrados. Algo que em um histórico recente é apenas comparável a "Terrifier 2". Após poucos minutos de projeção e nenhum desenvolvimento de personagem, somos expostos a torturas, orgias, canibalismo, infanticídio e até necrofilia, sem nunca poupar o espectador de detalhes. Aliado a um excelente trabalho de maquiagem e de efeitos práticos impecáveis, o filme imprimi um realismo perturbador.

Dirigido pelo estreante Rob Jabbaz, ‘The Sadness’ dispensa grandes apresentações pois se trata de uma narrativa direta e propositalmente desprovida de camadas. De fato, há um arco superficial no enredo envolvendo a epidemia e atos negacionistas ligados ao vírus, porém ele é disperso e excessivamente óbvio. A objetividade é proposital e dialoga diretamente com seu público alvo, já que se trata de uma experiência de nicho, para um grupo muito específico e ávido pelo bom e velho banho de sangue que só o cinema extremo pode proporcionar. 





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