PiTacO do PapO! 'A Bruxa' - 2016
NOTA 9.2
Muito mais do que chamamos de 'o novo terror pastelão' , ou sendo mais direto: o terror 'fácil' que se apoia nos efeitos sonoros para se reafirmar no gênero. 'A Bruxa', filme dirigido e roteirizado por Robert Eggers, ainda um estreante (sem querer usar esse termo em tom pejorativo) trabalha no silêncio para se fazer ouvir. Brilhante! É no silêncio que mora a paz... mas onde também pode morar o medo.
A história se passa na nova Inglaterra da década de 1630, onde o casal William e Katherine leva uma vida cristã com suas cinco crianças em uma comunidade extremamente religiosa, até serem expulsos do local por sua fé diferente daquela permitida pelas autoridades. A famÃlia passa a morar num local isolado, à beira do bosque, sofrendo com a escassez de comida. Um dia, o bebê recém-nascido desaparece. Teria sido devorado por um lobo? Sequestrado por uma bruxa? Enquanto buscam respostas à pergunta, cada membro da famÃlia vai ter de enfrentar seus piores medos e também seu lado mais desprezÃvel .
A maneira com que a direção de Eggers trabalha o mal e suas várias formas de se apresentar é genial e ao mesmo tempo angustiante. Nada ali é convencional , desde o 'timing' até a edição, que no gênero por diversas vezes se apega em algumas fórmulas prontas para funcionar. Aqui tudo funciona sem a famosa 'forçação de barra', mas é claro que isso exigirá um certo esforço do expectador para mergulhar no história , pelo menos nos minutos iniciais. Depois desse primeiro voto de confiança , você se verá tenso e por vezes até arrepiado (sim, este foi meu caso), ora pelo clima criado , ora pelo texto conduzido brilhantemente pelos atores , inclusive pelo elenco mirim : são corajosas as duas fortÃssimas cenas em plano-sequência, apostando inteiramente no talento dos pequenos Anya Taylor-Joy e Harvey Scrimshaw.
'The Witch' (no original) não é um filme para as multidões, acredito que muitos, justamente por não entenderem a premissa e o propósito da produção, tenderão a odiar ou no mÃnimo saÃrem frustrados da sessão. Mas se você se permitir a observar os detalhes , verá o quanto essa história tem a oferecer , até porque mesclar religião e bruxaria é aposta que já deu 'samba' na história do cinema de terror.
Temos aqui um filme que já chega com ares de clássico , e que bem possÃvel seja lembrado eternamente por inovar num gênero que anda bem 'recheado' de clichês.
Super Vale Ver !
Muito mais do que chamamos de 'o novo terror pastelão' , ou sendo mais direto: o terror 'fácil' que se apoia nos efeitos sonoros para se reafirmar no gênero. 'A Bruxa', filme dirigido e roteirizado por Robert Eggers, ainda um estreante (sem querer usar esse termo em tom pejorativo) trabalha no silêncio para se fazer ouvir. Brilhante! É no silêncio que mora a paz... mas onde também pode morar o medo.
A história se passa na nova Inglaterra da década de 1630, onde o casal William e Katherine leva uma vida cristã com suas cinco crianças em uma comunidade extremamente religiosa, até serem expulsos do local por sua fé diferente daquela permitida pelas autoridades. A famÃlia passa a morar num local isolado, à beira do bosque, sofrendo com a escassez de comida. Um dia, o bebê recém-nascido desaparece. Teria sido devorado por um lobo? Sequestrado por uma bruxa? Enquanto buscam respostas à pergunta, cada membro da famÃlia vai ter de enfrentar seus piores medos e também seu lado mais desprezÃvel .
A maneira com que a direção de Eggers trabalha o mal e suas várias formas de se apresentar é genial e ao mesmo tempo angustiante. Nada ali é convencional , desde o 'timing' até a edição, que no gênero por diversas vezes se apega em algumas fórmulas prontas para funcionar. Aqui tudo funciona sem a famosa 'forçação de barra', mas é claro que isso exigirá um certo esforço do expectador para mergulhar no história , pelo menos nos minutos iniciais. Depois desse primeiro voto de confiança , você se verá tenso e por vezes até arrepiado (sim, este foi meu caso), ora pelo clima criado , ora pelo texto conduzido brilhantemente pelos atores , inclusive pelo elenco mirim : são corajosas as duas fortÃssimas cenas em plano-sequência, apostando inteiramente no talento dos pequenos Anya Taylor-Joy e Harvey Scrimshaw.
'The Witch' (no original) não é um filme para as multidões, acredito que muitos, justamente por não entenderem a premissa e o propósito da produção, tenderão a odiar ou no mÃnimo saÃrem frustrados da sessão. Mas se você se permitir a observar os detalhes , verá o quanto essa história tem a oferecer , até porque mesclar religião e bruxaria é aposta que já deu 'samba' na história do cinema de terror.
Temos aqui um filme que já chega com ares de clássico , e que bem possÃvel seja lembrado eternamente por inovar num gênero que anda bem 'recheado' de clichês.
Super Vale Ver !
Já assisti. Realmente o diretor renova o gênero. E olha que assisto terror desde os clássicos do cinema mudo, como O Fantasma da Ópera com Lon Channey ou O Médico e o Monstro com John Barrymoorre, os Freaks e Dráculas de Tod Browning no inÃcio do cinema falado quando a Universal dominava o gênero, a era de ouro inglesa com os estúdios Hammer, até os mais recentes como a série Sexta-feira 13. E fiquei impressionado!
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