PiTacO do PapO! ' Ninguém Quer a Noite ' - 2015
NOTA 7.9
'Ninguém Quer a Noite' é o novo trabalho da diretora espanhola Isabel Coixet. (do elogiado 'Minha Vida Sem Mim'- 2003) .Sem data ainda de estreia oficial por aqui, o longa que abriu o Festival de Berlim 2015, foi indicado a 9 Goyas, o Oscar espanhol, faturando 4 estatuetas. O filme também conta com mais cinco prêmios e 12 indicações internacionais. É bem verdade que o longa não convenceu a crítica, mas ainda sim é uma obra que merece uma certa atenção .
No drama seremos apresentados à Josephine Peary (Juliette Binoche), uma mulher da alta sociedade dos Estados Unidos da América, que em 1908 decide que quer juntar-se ao marido, o explorador Robert Peary, e partilhar o momento glorioso da descoberta do Pólo Norte. Apesar de todos, especialmente Bram Trevor (Gabriel Byrne), um experiente explorador, a avisarem dos perigos que terá pela frente, Josephine Peary embarca nesta perigosa aventura sem dar atenção a ninguém, acompanhada por Bram e dois Esquimós. Ao chegar ao seu objetivo, Josephine conhece uma mulher Inuit ,Allaka (Rinko Kikuchi),que vai ensinar valores aos quais aquela mulher burguesa desconhecia.
É fato que qualquer tom de aventura que a premissa poderia corresponder , é sumariamente limada para exibir o drama de uma Josephine no ápice da fragilidade, clamando por seu Robert ao ponto em ir a sua procura com toda a instabilidade de uma paisagem marcada pelo branco da nevasca. Mas mesmo com todas as incoerências e deslizes do roteiro de Miguel Barros , a produção tem a dádiva de ter Miss Binoche à frente de um elenco que também corresponde a altura. O tom quase caricato e blasé de Josephine passa a ser uma mistura curiosa com todo aquele ambiente inóspito, mas ainda sim uma delícia de ser apreciado.
Na segunda metade do filme, é que a direção revela suas verdadeiras motivações : O romance com molduras épicas e a aventura antropológica dão vez a visão de Coixet sobre o que é a mulher em seu sentido mais primitivo. Unidas por algo em comum, Josephine e Allaka se transformam com a vinda de um inverno rigoroso, devastando tudo que as protegem até restar os instintos maternais e de sobrevivência.
Mesmo com todos os 'desencontros' entre texto e direção, o filme acaba sendo palco para o talento de Binoche, uma das grandes atrizes da atualidade.
Vale Ver !
'Ninguém Quer a Noite' é o novo trabalho da diretora espanhola Isabel Coixet. (do elogiado 'Minha Vida Sem Mim'- 2003) .Sem data ainda de estreia oficial por aqui, o longa que abriu o Festival de Berlim 2015, foi indicado a 9 Goyas, o Oscar espanhol, faturando 4 estatuetas. O filme também conta com mais cinco prêmios e 12 indicações internacionais. É bem verdade que o longa não convenceu a crítica, mas ainda sim é uma obra que merece uma certa atenção .
No drama seremos apresentados à Josephine Peary (Juliette Binoche), uma mulher da alta sociedade dos Estados Unidos da América, que em 1908 decide que quer juntar-se ao marido, o explorador Robert Peary, e partilhar o momento glorioso da descoberta do Pólo Norte. Apesar de todos, especialmente Bram Trevor (Gabriel Byrne), um experiente explorador, a avisarem dos perigos que terá pela frente, Josephine Peary embarca nesta perigosa aventura sem dar atenção a ninguém, acompanhada por Bram e dois Esquimós. Ao chegar ao seu objetivo, Josephine conhece uma mulher Inuit ,Allaka (Rinko Kikuchi),que vai ensinar valores aos quais aquela mulher burguesa desconhecia.
É fato que qualquer tom de aventura que a premissa poderia corresponder , é sumariamente limada para exibir o drama de uma Josephine no ápice da fragilidade, clamando por seu Robert ao ponto em ir a sua procura com toda a instabilidade de uma paisagem marcada pelo branco da nevasca. Mas mesmo com todas as incoerências e deslizes do roteiro de Miguel Barros , a produção tem a dádiva de ter Miss Binoche à frente de um elenco que também corresponde a altura. O tom quase caricato e blasé de Josephine passa a ser uma mistura curiosa com todo aquele ambiente inóspito, mas ainda sim uma delícia de ser apreciado.
Na segunda metade do filme, é que a direção revela suas verdadeiras motivações : O romance com molduras épicas e a aventura antropológica dão vez a visão de Coixet sobre o que é a mulher em seu sentido mais primitivo. Unidas por algo em comum, Josephine e Allaka se transformam com a vinda de um inverno rigoroso, devastando tudo que as protegem até restar os instintos maternais e de sobrevivência.
Mesmo com todos os 'desencontros' entre texto e direção, o filme acaba sendo palco para o talento de Binoche, uma das grandes atrizes da atualidade.
Vale Ver !
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