PiTacO do PapO! 'Quando Se Tem 17 Anos' - 2016
NOTA 8.5
Quando Thomas e Damien se conheceram,tanto a identificação quanto a repulsa se elevaram ao mesmo nível, tudo na mesma proporção. Em 'Quando se Tem 17 Anos', filme que por aqui chegou direto a Netflix, a direção de Andre Téchiné é o diferencial deste drama que retrata a descoberta da sexualidade. Também pudera, Téchiné tem tarimba para tal - o diretor , apesar de não ser exatamente um nome conhecido dentro do cinema francês, tem um vasto currículo como cineasta: desde 'Barroco' de 1976 até o recém lançado 'O Homem que Elas Amavam Demais.' (2014).
Na história, Damien (Kacey Mottet Klein) vive com a mãe, uma médica (Sandrine Kiberlain), enquanto seu pai foi enviado para a África Central. O menino, homossexual não assumido , é agredido por um outro garoto na escola, Tom (Corentin Fila), cuja mãe adotiva está doente. A violência entre eles é ainda mais incitada quando a mãe de Damien decide dar abrigo a Tom afim de facilitar os estudos do rapaz, que mora há cerca de 2 horas da escola.
O tema que tem sido explorado aos borbotões ultimamente no cinema, aqui ganha novas cores e uma pegada mais natural. A ausência de uma narrativa, que em outras produções força a atenção do espectador logo de cara com uma ou outra cena de impacto, acaba sendo um plus no projeto de Téchiné, que se mostra hábil em retratar o assunto de maneira pausada sim, mas que por sua vez extrai todo talento que dispõe no elenco escalado. Com destaque para Kiberlain, um nome a ser descoberto no cinema francês.
O medo, a desconfiança, a repulsa de quando se descobre quem se é e de como o futuro pode se apresentar.... o frio na barriga quando se encontra a primeira paixão e desafortunadamente esse amor é diferente do que o mundo está acostumado a ver, enfim, está tudo lá.
É claro que é preciso sensibilidade para ver a história dessa forma, afinal nem tudo é retratado de maneira literal, mas pelas entrelinhas. A grande vantagem é que Téchiné tem tempo de conduzir a trama e chegar onde queria chegar, mesmo que para isso, a duração ficasse um pouco além do que a necessária (cerca de 1 hora e 50 min), mas com toda certeza, ao findar da película e depois de imerso na trama, esse tempo passou e eu acabei nem percebendo. Taí , aquele diferencial... o 'it' da coisa que eu falei lá no início.
Vale Ver !
Quando Thomas e Damien se conheceram,tanto a identificação quanto a repulsa se elevaram ao mesmo nível, tudo na mesma proporção. Em 'Quando se Tem 17 Anos', filme que por aqui chegou direto a Netflix, a direção de Andre Téchiné é o diferencial deste drama que retrata a descoberta da sexualidade. Também pudera, Téchiné tem tarimba para tal - o diretor , apesar de não ser exatamente um nome conhecido dentro do cinema francês, tem um vasto currículo como cineasta: desde 'Barroco' de 1976 até o recém lançado 'O Homem que Elas Amavam Demais.' (2014).
Na história, Damien (Kacey Mottet Klein) vive com a mãe, uma médica (Sandrine Kiberlain), enquanto seu pai foi enviado para a África Central. O menino, homossexual não assumido , é agredido por um outro garoto na escola, Tom (Corentin Fila), cuja mãe adotiva está doente. A violência entre eles é ainda mais incitada quando a mãe de Damien decide dar abrigo a Tom afim de facilitar os estudos do rapaz, que mora há cerca de 2 horas da escola.
O tema que tem sido explorado aos borbotões ultimamente no cinema, aqui ganha novas cores e uma pegada mais natural. A ausência de uma narrativa, que em outras produções força a atenção do espectador logo de cara com uma ou outra cena de impacto, acaba sendo um plus no projeto de Téchiné, que se mostra hábil em retratar o assunto de maneira pausada sim, mas que por sua vez extrai todo talento que dispõe no elenco escalado. Com destaque para Kiberlain, um nome a ser descoberto no cinema francês.
O medo, a desconfiança, a repulsa de quando se descobre quem se é e de como o futuro pode se apresentar.... o frio na barriga quando se encontra a primeira paixão e desafortunadamente esse amor é diferente do que o mundo está acostumado a ver, enfim, está tudo lá.
É claro que é preciso sensibilidade para ver a história dessa forma, afinal nem tudo é retratado de maneira literal, mas pelas entrelinhas. A grande vantagem é que Téchiné tem tempo de conduzir a trama e chegar onde queria chegar, mesmo que para isso, a duração ficasse um pouco além do que a necessária (cerca de 1 hora e 50 min), mas com toda certeza, ao findar da película e depois de imerso na trama, esse tempo passou e eu acabei nem percebendo. Taí , aquele diferencial... o 'it' da coisa que eu falei lá no início.
Vale Ver !
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