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PiTacO do PapO! 'Imperium' - 2016

NOTA 9.5




Num tempo onde os EUA elegem Donald Trump , que hoje fala em construir um muro pra vetar a entrada de imigrantes, 'Imperium', filme estrelado por Daniel Radcliffe vem muito a calhar. O filme não tem previsão de estreia oficial por aqui , mas já pode ser encontrado on line. 

Na trama, conheceremos o agente do FBI Nate Foster (Radcliffe), um jovem com muito comprometimento com sua profissão mas que não consegue se socializar direito com seus colegas de trabalho, vivendo muitas vezes sozinho seu cotidiano no escritório. Quando a agente Angela Zamparo (Toni Collette) começa a observá-lo, percebe que ele tem o perfil perfeito para um trabalho como agente disfarçado dentro de grupos extremistas neonazistas com o objetivo de investigar potenciais terroristas e atentados. Assim, Nate raspa a cabeça e começa a viver um cotidiano completamente diferente de tudo que já tinha visto.


Durante a sessão, me surpreendi quando em determinado momento, na sala de um 'cabeça' do movimento 'Aliança Ariana' (uma das diversas vertentes dentro do movimento neonazista) vi dois quadros na parede: Jesus Cristo ao lado de Adolf Hitller.  Acredito que uma possível associação entre ambos, seja por serem líderes natos e de eloquentes palavras, mas param por aí as comparações, apesar de achar que o motivo do Cristo ao lado de Hitller, represente para eles uma união de interesses e vontades, na qual nem de longe atingiram os pensamentos do Filho de Deus.

A mensagem do filme é poderosa e caminha perfeitamente dado ao roteiro cortante de Daniel Ragussis (que também dirige o longa) e Michael German. Tanto que Radcliffe teve que se desculpar pelos xingamentos racistas que foi 'obrigado' a dizer através de seu personagem. E por falar no eterno Harry Potter, o grande trunfo de 'Imperium' está na devida distribuição de tarefas que ajudam a articular o personagem de Radcliffe dentro submundo skinhead, gerando confiança para o ator entregar uma das melhores atuações de toda sua carreira. A tão comentada cena do ator raspando o cabelo – que poderia ser apenas um momento de um filme B sem grandes pretensões – é surpreendente, já que ela tem um sentido embasado nas conversas anteriores que ditam a importância da atuação como agente infiltrado.

O filme é baseado em fatos reais, e a gente nem se espanta mais com a história ali narrada: antissemitismo, racismo, e repressão às minorias já deixou de ser assunto pra neonazista há muito tempo, hoje muitos revelam seus preconceitos e desprezo por raças e etc todos os dias - claro que nem sempre com armas em punho (é...pensando bem, às vezes sim!) e declarando seu amor pela supremacia branca, mas muitas vezes com palavras e atitudes travestidas de discursos pelo bem comum. 







Super Vale Ver ! 





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