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PiTacO do PapO! 'A Lei da Noite' - 2017

NOTA 7.5



O talento multifacetado de Ben Affleck é inegável. Além de atuar, ele ainda dirige e também por vezes se encarrega do roteiro em algumas de suas produções. Em sua mais nova aposta que chegou há alguns dias nos cinemas brasileiros, ele mais uma vez ataca pelos três lados nessa pirâmide criativa:  'A Lei da Noite' é  roteirizado, dirigido e protagonizado pelo cara. Mas é preciso dizer que não dá pra acertar sempre, esse é o ônus e o bônus do showbiz.

'Live By Night' (no original) situa-se nos turbulentos anos 1920, quando a proibição da Lei Seca americana não interrompeu o fluxo de bebidas em estabelecimentos ‘underground’ dirigidos por mafiosos de boa lábia. A oportunidade de ganhar poder e dinheiro estava à disposição para qualquer homem com ambição e nervos suficientes, e Joe Coughlin (Affleck), o filho do Superintendente da Polícia de Boston, há muito tempo deixou para trás sua rígida educação para sucumbir à adrenalina de ser um fora-da-lei.

Mas, mesmo entre criminosos há regras, e Joe desobedece a maior delas: trair duplamente um poderoso chefão da máfia Albert White (Robert Glenister), roubando seu dinheiro e sua mulher Emma (Sienna Miller). O romance ardente termina em tragédia, e Joe começa a trilhar uma rota de vingança, em que ambição, romance e traição o levam do submundo de Boston para os degraus esfumaçados dos porões de contrabando de rum na cidade de Tampa, e é lá onde ele conhece o novo e grande amor de sua vida, a bela cubana Gracille Suarez (Zoe Saldana).

'A Lei da Noite', poderia ser um novo clássico dos famosos filmes de gangster e mafiosos. O filme até tem um clima atraente e noir, mas peca pelo excesso. São muitas histórias paralelas que tiram o foco da história central, e nessa lista, fora o famoso duelo de figurões da máfia,  ainda está uma atriz que não deu certo e renasce como uma líder religiosa (Elle Fanning numa pontual, mas boa participação), a fúria do Klu Klux Klan (conhecida organização secreta racista) que reprimia a união da máfia com os negros, além de outros personagens secundários que só fazem 'inchar' o roteiro, aumentar consideravelmente a duração da película e provocar, à determinada altura, total desinteresse até pela narrativa central. 

O filme baseado no livro de mesmo título do autor Dennis Lehane na certa poderia ter sido mais bem aproveitado não fosse a maneira perdida com que Affleck abordou a história, que só vale a pena pelo bom clima (como citei acima), a eficiente reconstituição de época e pelas ótimas presenças. Até mesmo a ação que geralmente é muito usada muito nesse tipo de produção, é deixada pra segundo plano. 

Realmente; não se fazem mais filmes de mafiosos como antigamente, mas de todo modo, pela curiosidade a respeito da persona do nosso multitalentoso homem, vale aquela boa e velha espiada. 







Vale Ver ! 




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