PiTacO do PapO ! 'Trainspotting 2' - 2017
NOTA 9.0
Danny Boyle é um dos homens do cinema vanguardista desde sempre. 'Trainspotting - Sem Limites' que estreava há exatos vinte anos, foi o precursor de um jeitinho de fazer cinema que poucos conseguiram fazer igual desde então. A maneira moderna, lúdica/conceitual e ao mesmo tempo direta em que conversa com seu púbico (e na obra em questão, sobretudo os jovens) arrebanharam legiões de fãs desde seu primeiro filme ('Cova Rasa' - 1994).
Eis que uma 'juventude inteira' depois, Boyle pega à todos de surpresa anunciando a sequência do longa que marcou milhares de cinéfilos em 1996 - 'Trainspotting 2' retorna com o mesmo elenco , e sob a direção do mestre que deu vida ao supra sumo do cinema '90s made'. Não dá pra dizer que a sequência supera o original, mas consegue a proeza de manter o mesmo frescor de vinte anos atrás.
Nessa continuação, Renton (Ewan McGregor) retorna à cidade natal depois de vinte anos de ausência. Hoje, ele é um homem novo, com um emprego fixo e livre das drogas. Os amigos não tiveram a mesma sorte: Sick Boy (Jonny Lee Miller) comanda um comércio fracassado, Spud (Ewen Bremner) continua dependente de heroÃna e Begbie (Robert Carlyle) está na prisão. Aos poucos, Renton revela que sua realidade não é tão positiva quanto ele mostrava, e volta a praticar os crimes de antigamente.
Passam-se vinte anos e o roteiro situa a história no tempo e espaço - assim como pra nós, o tempo também passou para Rent Boy, Sick Boy, Spud e Begbie: Renton precisa lidar com um problema de saúde e a partir daà começa a cultivar a chamada vida saudável. Sick Boy é daqueles que viu a 'banda passar' e hoje vive de dar golpes em endinheirados desavisados. Spud (o mais prejudicado com o uso da heroÃna) é o mais sensÃvel sobre tudo que acontece à sua volta e desenvolve talento pra escrita- inspirado pelas histórias impagáveis que viveu com a turma de amigos. Frank (ou Begbie para os Ãntimos) é um criminoso em potencial e ainda cumpre pena, mas não se esquece da traição de Renton mesmo depois de vinte anos.
Traição x oportunidade - Boyle deixa claro que pretende confrontar seus personagens e exorcizar seus demônios com um acerto de contas frenético e o melhor estilo do nosso cultuado diretor. Pode ser que o brilho não seja mais o mesmo de vinte anos atrás, mas a mensagem continua eficaz. Contextualizada com todos os ingredientes que podem ser acrescentados num mundo interligado pelas redes sociais, o famoso slogan 'Chose Life' (escolha viver) toma novas formas e assim como no filme original é o ponto alto da sequência.
Diferente da primeira incursão do intrépido quarteto, 'T2' não se firmará como uma obra inesquecÃvel, porém cumpriu a contento sua missão no meio de tanta coisa descartável que vem tomado conta da indústria cinematográfica nos dias de hoje.
Super Vale Ver !
Danny Boyle é um dos homens do cinema vanguardista desde sempre. 'Trainspotting - Sem Limites' que estreava há exatos vinte anos, foi o precursor de um jeitinho de fazer cinema que poucos conseguiram fazer igual desde então. A maneira moderna, lúdica/conceitual e ao mesmo tempo direta em que conversa com seu púbico (e na obra em questão, sobretudo os jovens) arrebanharam legiões de fãs desde seu primeiro filme ('Cova Rasa' - 1994).
Passam-se vinte anos e o roteiro situa a história no tempo e espaço - assim como pra nós, o tempo também passou para Rent Boy, Sick Boy, Spud e Begbie: Renton precisa lidar com um problema de saúde e a partir daà começa a cultivar a chamada vida saudável. Sick Boy é daqueles que viu a 'banda passar' e hoje vive de dar golpes em endinheirados desavisados. Spud (o mais prejudicado com o uso da heroÃna) é o mais sensÃvel sobre tudo que acontece à sua volta e desenvolve talento pra escrita- inspirado pelas histórias impagáveis que viveu com a turma de amigos. Frank (ou Begbie para os Ãntimos) é um criminoso em potencial e ainda cumpre pena, mas não se esquece da traição de Renton mesmo depois de vinte anos.
Traição x oportunidade - Boyle deixa claro que pretende confrontar seus personagens e exorcizar seus demônios com um acerto de contas frenético e o melhor estilo do nosso cultuado diretor. Pode ser que o brilho não seja mais o mesmo de vinte anos atrás, mas a mensagem continua eficaz. Contextualizada com todos os ingredientes que podem ser acrescentados num mundo interligado pelas redes sociais, o famoso slogan 'Chose Life' (escolha viver) toma novas formas e assim como no filme original é o ponto alto da sequência.
Diferente da primeira incursão do intrépido quarteto, 'T2' não se firmará como uma obra inesquecÃvel, porém cumpriu a contento sua missão no meio de tanta coisa descartável que vem tomado conta da indústria cinematográfica nos dias de hoje.
Super Vale Ver !
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