Dica do Papo! 'Malcolm X' - 1992
Quando estrelou 'Malcolm X' em 1992, Denzel Washington tinha lá seus trinta e poucos anos , mas já era um consagrado ator. Na ativa desde 1974, ele protagonizou o primeiro filme só dez anos depois, e a cinebiografia do controverso e adorado ativista negro, não só fez reafirmar o grande talento de Denzel, como cravar de vez o nome do diretor Spike Lee no hall de icônicos diretores.
'Malcolm X', que em 1993 foi indicado a dois Oscars, ente eles o de melhor ator, é com toda certeza a obra definitiva quando falamos de cinebiografias do ativista.
Praticamente um épico em cinebios, o filme tem mais de três horas de duração e é dividido em três atos: no primeiro ato, ainda muito jovem , Malcolm Little é chamado de Red, um sujeito mulherengo, irresponsável e voltado à pequenos crimes, na segunda parte, veremos Red se redimindo de seus atos e se convertendo ao islamismo - que praticamente regeu seu discurso durante toda sua vida, e por último já um grande ativista pelo direito civis dos negros, se revelou o mais radical dentre os que estavam em atividade naquela década (como por exemplo o lendário Martin Luter King). Spike pontua muito bem esse três atos que poderiam se tornar até três filmes distintos, mas foi toda sua inventividade como diretor que fez da produção uma obra completa da vida deste grande homem.
E por falar em história de vida, a de Malcolm nunca foi fácil: Quando ainda criança, seu pai, pastor batista, foi assassinado por brancos da Ku Klux Klan. Com a mãe internada em um hospital psiquiátrico, Malcolm e seus irmãos foram entregues a orfanatos. Preso por roubo na adolescência, na prisão entrou em contato com os ensinamentos de Elijah Muhammed, lÃder da ‘Nação do Islã’, e ao sair tornou-se o seu principal missionário. Trocou o sobrenome Little por ‘X’, um costume entre os seguidores de Maomé que consideravam seus nomes de famÃlia como dados pelos senhores de escravos, e logo tornou-se uma figura de destaque no movimento e acabou sendo designado para ser ministro da mesquita na área do Harlem, em Nova York.
Apesar de Malcolm perceber através da religião todos os problemas sociais enfrentados pelos negros, aos poucos deu-se conta que a questão do negro não era de caráter teológico, mas sim, uma questão polÃtica, econômica e civil. E conduziu uma parte do movimento negro defendendo três pontos fundamentais: o islamismo, o socialismo e a violência como método para auto-defesa e um meio legÃtimo de conquistas, afinal, todas as mudanças históricas se deram de maneira violenta.
Essas suas ideias foram muito divulgadas na década de 1970 por movimentos como o ‘Black Power’ e os ‘Panteras Negras’ também partidários da violência enquanto método e do socialismo enquanto ideologia polÃtica. Enquanto Martin Luther King apostava na resistência pacÃfica, os muçulmanos liderados por Elijah Mohammed e Malcolm X defendiam a separação das raças, a independência econômica e um Estado autônomo para os negros.
Depois de uma peregrinação a Meca, Malcolm mudou o nome para Al Hajj Malik Al-Shabazz e rejeitou suas antigas crenças separatistas e defendeu a fraternidade mundial. Em 1964 ele deixou a ‘Nação do Islã’ e estabeleceu sua própria organização religiosa. Culpou o racismo e pediu que os afro-americanos se juntassem aos brancos simpatizantes. No dia 21 de fevereiro de 1965, aos 39 anos, ele foi morto com 13 tiros quando discursava no Harlem.
'Malcolm X' está entre as principais obras de Spike Lee. Também negro, sua história no cinema também é marcada pela reafirmação de temas ligados ao racismo ou preconceito em geral. Portanto, ninguém melhor para fazer desta cinebio o que ela se tornou com o passar dos anos.
'Malcolm X', que em 1993 foi indicado a dois Oscars, ente eles o de melhor ator, é com toda certeza a obra definitiva quando falamos de cinebiografias do ativista.
Praticamente um épico em cinebios, o filme tem mais de três horas de duração e é dividido em três atos: no primeiro ato, ainda muito jovem , Malcolm Little é chamado de Red, um sujeito mulherengo, irresponsável e voltado à pequenos crimes, na segunda parte, veremos Red se redimindo de seus atos e se convertendo ao islamismo - que praticamente regeu seu discurso durante toda sua vida, e por último já um grande ativista pelo direito civis dos negros, se revelou o mais radical dentre os que estavam em atividade naquela década (como por exemplo o lendário Martin Luter King). Spike pontua muito bem esse três atos que poderiam se tornar até três filmes distintos, mas foi toda sua inventividade como diretor que fez da produção uma obra completa da vida deste grande homem.
E por falar em história de vida, a de Malcolm nunca foi fácil: Quando ainda criança, seu pai, pastor batista, foi assassinado por brancos da Ku Klux Klan. Com a mãe internada em um hospital psiquiátrico, Malcolm e seus irmãos foram entregues a orfanatos. Preso por roubo na adolescência, na prisão entrou em contato com os ensinamentos de Elijah Muhammed, lÃder da ‘Nação do Islã’, e ao sair tornou-se o seu principal missionário. Trocou o sobrenome Little por ‘X’, um costume entre os seguidores de Maomé que consideravam seus nomes de famÃlia como dados pelos senhores de escravos, e logo tornou-se uma figura de destaque no movimento e acabou sendo designado para ser ministro da mesquita na área do Harlem, em Nova York.
Apesar de Malcolm perceber através da religião todos os problemas sociais enfrentados pelos negros, aos poucos deu-se conta que a questão do negro não era de caráter teológico, mas sim, uma questão polÃtica, econômica e civil. E conduziu uma parte do movimento negro defendendo três pontos fundamentais: o islamismo, o socialismo e a violência como método para auto-defesa e um meio legÃtimo de conquistas, afinal, todas as mudanças históricas se deram de maneira violenta.
Essas suas ideias foram muito divulgadas na década de 1970 por movimentos como o ‘Black Power’ e os ‘Panteras Negras’ também partidários da violência enquanto método e do socialismo enquanto ideologia polÃtica. Enquanto Martin Luther King apostava na resistência pacÃfica, os muçulmanos liderados por Elijah Mohammed e Malcolm X defendiam a separação das raças, a independência econômica e um Estado autônomo para os negros.
Depois de uma peregrinação a Meca, Malcolm mudou o nome para Al Hajj Malik Al-Shabazz e rejeitou suas antigas crenças separatistas e defendeu a fraternidade mundial. Em 1964 ele deixou a ‘Nação do Islã’ e estabeleceu sua própria organização religiosa. Culpou o racismo e pediu que os afro-americanos se juntassem aos brancos simpatizantes. No dia 21 de fevereiro de 1965, aos 39 anos, ele foi morto com 13 tiros quando discursava no Harlem.
'Malcolm X' está entre as principais obras de Spike Lee. Também negro, sua história no cinema também é marcada pela reafirmação de temas ligados ao racismo ou preconceito em geral. Portanto, ninguém melhor para fazer desta cinebio o que ela se tornou com o passar dos anos.
Papo de Cinemateca - Porque Cinema e Diversão é com a Gente Mesmo'
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