PiTacO do PapO! 'Laerte -se' - 2017
NOTA 8.0
Por Rogério Machado
O cartunista brasileiro Laerte virou um verbo. Pelo menos no primeiro documentário legitimamente brasileiro produzido pela Netflix. 'Laerte-se' tem no seu cerne o movimento, a constante mudança não só do protagonista dessa história real, mas da sociedade como um todo. O filme chegou este mês no sistema de streaming e merece toda atenção, não só por inaugurar um novo nicho na plataforma mas também pelo recado que a produção tem pra dar.
O documentário retrata a trajetória da cartunista e chargista brasileira Laerte Coutinho (isso mesmo, no feminino como prefere ser chamada), considerada uma das mais proeminentes do gênero no Brasil. Tendo vivido parte de sua vida como homem, ela assumiu sua transexualidade aos 57 e, de lá pra cá, experimenta uma jornada única e pessoal sobre o que é, de fato, ser uma mulher e se reinventar a cada dia.
Dirigido por Lygia Barbosa da Silva e Eliane Brum, a pelÃcula desnuda Laerte (também literalmente). A sensibilidade das realizadoras, aliás, é notória pelo próprio conceito do filme: a câmera não pretende ser posta como mera observadora da “verdade”: ela interage com o filme, o que é no mÃnimo honesto, porque a câmera é necessariamente parte do filme. A presença da câmera interfere na realidade, isto é um fato, e negá-lo é, no mÃnimo, um indÃcio de desonestidade ou demasiada pretensão do diretor.
De forma natural de direta, Laerte fala de identidade de gênero, de famÃlia, amor, descobertas, polÃtica e claro, trabalho. Mas nada de se impor e definir sua versão sobre todos esses assuntos, Laerte admite que tudo pode mudar, nada é sim ou não, a vida muda... tem movimento. Esse é o princÃpio de 'Laertizar-se': ser aberto ao novo e não definir nada. Tudo é valido desde que seja autêntico e que tenha verdade, mesmo sabendo que cada um possui a sua própria verdade.
Se 'Laertizar' é nada mais , nada menos, que se libertar dos 'achômetros' alheios e se impor como a pessoa que você é... Laerte Coutinho tem feito a parte dela. E você?
Vale Ver !
Por Rogério Machado
O cartunista brasileiro Laerte virou um verbo. Pelo menos no primeiro documentário legitimamente brasileiro produzido pela Netflix. 'Laerte-se' tem no seu cerne o movimento, a constante mudança não só do protagonista dessa história real, mas da sociedade como um todo. O filme chegou este mês no sistema de streaming e merece toda atenção, não só por inaugurar um novo nicho na plataforma mas também pelo recado que a produção tem pra dar.
O documentário retrata a trajetória da cartunista e chargista brasileira Laerte Coutinho (isso mesmo, no feminino como prefere ser chamada), considerada uma das mais proeminentes do gênero no Brasil. Tendo vivido parte de sua vida como homem, ela assumiu sua transexualidade aos 57 e, de lá pra cá, experimenta uma jornada única e pessoal sobre o que é, de fato, ser uma mulher e se reinventar a cada dia.
Dirigido por Lygia Barbosa da Silva e Eliane Brum, a pelÃcula desnuda Laerte (também literalmente). A sensibilidade das realizadoras, aliás, é notória pelo próprio conceito do filme: a câmera não pretende ser posta como mera observadora da “verdade”: ela interage com o filme, o que é no mÃnimo honesto, porque a câmera é necessariamente parte do filme. A presença da câmera interfere na realidade, isto é um fato, e negá-lo é, no mÃnimo, um indÃcio de desonestidade ou demasiada pretensão do diretor.
De forma natural de direta, Laerte fala de identidade de gênero, de famÃlia, amor, descobertas, polÃtica e claro, trabalho. Mas nada de se impor e definir sua versão sobre todos esses assuntos, Laerte admite que tudo pode mudar, nada é sim ou não, a vida muda... tem movimento. Esse é o princÃpio de 'Laertizar-se': ser aberto ao novo e não definir nada. Tudo é valido desde que seja autêntico e que tenha verdade, mesmo sabendo que cada um possui a sua própria verdade.
Se 'Laertizar' é nada mais , nada menos, que se libertar dos 'achômetros' alheios e se impor como a pessoa que você é... Laerte Coutinho tem feito a parte dela. E você?
Vale Ver !
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