PiTacO do PapO! 'War Machine' - 2017
NOTA 7.5
Por Karina Massud @cinemassud
Sem dúvida alguma, os filmes de guerra vivem um momento de efervescência. De olho nesse filão, a Netflix nos traz mais um filme do gênero: "War Machine", do diretor David Michôd. Baseado no livro do falecido jornalista Michael Hastigs, "The Operators" , o filme satiriza a guerra mas sobretudo faz uma crÃtica à máquina militar americana.
Brad Pitt é o protagonista : o General quatro estrelas Glen McMahon, considerado uma lenda no exército, respeitado e admirado por todos por sua inteligência, disciplina e liderança. Pitt, assim como o Tenente Aldo Raine de "Bastardo Inglórios", faz uma figura caricata, um homem sisudo mas amigo dos subordinados, com fala grossa, um olho sempre semi-cerrado e as pernas abertas na sua sagrada corrida matinal.
Ele é uma pessoa beligerante, tem de haver guerra/conflito pra que ele se sinta vivo - é o único ambiente onde se sente confortável, seu universo paralelo. Segundo ele a guerra é imprescindÃvel e precisa continuar pelo bem das pessoas, "para garantir-lhes liberdade, segurança, estabilidade e empregos".
McMahon é um grande estrategista e lidera as tropas americanas no Afeganistão, lutando com garra para manipular o alto escalão ( incluindo aà o Presidente dos EUA) e conseguir mais pessoal pra guerra. Em meio a isso tudo chega o repórter da revista Rolling Stone ( também narrador do filme) Sean Cullen, para acompanhá-lo e escrever o seu perfil, o que acaba por destruir seus planos.
Há participações rápidas mas preciosas de Ben Kingsley, hilário como presidente do Afeganistão, e de Tilda Swinton como jornalista alemã questionadora dos métodos do General.
O tÃtulo do filme se refere tanto ao General quanto à máquina de guerra em si, um trambolho muitas vezes desnecesário, sugador de dinheiro, tempo e vidas.
A trama poderia ter sido bem mais ácida e pesada na sátira, tem momentos em que parece que vai engrenar e render boas gargalhadas, mas estaciona ali. Poderia também ter sido mais focada na guerra ( perde-se um pouco na metade quando a tropa viaja para a Europa) e meia hora mais enxuta. Mesmo com essas irregularidades, vale a pena assistir.
Vale Ver !
Por Karina Massud @cinemassud
Sem dúvida alguma, os filmes de guerra vivem um momento de efervescência. De olho nesse filão, a Netflix nos traz mais um filme do gênero: "War Machine", do diretor David Michôd. Baseado no livro do falecido jornalista Michael Hastigs, "The Operators" , o filme satiriza a guerra mas sobretudo faz uma crÃtica à máquina militar americana.
Brad Pitt é o protagonista : o General quatro estrelas Glen McMahon, considerado uma lenda no exército, respeitado e admirado por todos por sua inteligência, disciplina e liderança. Pitt, assim como o Tenente Aldo Raine de "Bastardo Inglórios", faz uma figura caricata, um homem sisudo mas amigo dos subordinados, com fala grossa, um olho sempre semi-cerrado e as pernas abertas na sua sagrada corrida matinal.
Ele é uma pessoa beligerante, tem de haver guerra/conflito pra que ele se sinta vivo - é o único ambiente onde se sente confortável, seu universo paralelo. Segundo ele a guerra é imprescindÃvel e precisa continuar pelo bem das pessoas, "para garantir-lhes liberdade, segurança, estabilidade e empregos".
McMahon é um grande estrategista e lidera as tropas americanas no Afeganistão, lutando com garra para manipular o alto escalão ( incluindo aà o Presidente dos EUA) e conseguir mais pessoal pra guerra. Em meio a isso tudo chega o repórter da revista Rolling Stone ( também narrador do filme) Sean Cullen, para acompanhá-lo e escrever o seu perfil, o que acaba por destruir seus planos.
Há participações rápidas mas preciosas de Ben Kingsley, hilário como presidente do Afeganistão, e de Tilda Swinton como jornalista alemã questionadora dos métodos do General.
O tÃtulo do filme se refere tanto ao General quanto à máquina de guerra em si, um trambolho muitas vezes desnecesário, sugador de dinheiro, tempo e vidas.
A trama poderia ter sido bem mais ácida e pesada na sátira, tem momentos em que parece que vai engrenar e render boas gargalhadas, mas estaciona ali. Poderia também ter sido mais focada na guerra ( perde-se um pouco na metade quando a tropa viaja para a Europa) e meia hora mais enxuta. Mesmo com essas irregularidades, vale a pena assistir.
Vale Ver !
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