PiTacO do PapO! 'Indivisíveis' - 2016
NOTA 8.5
Por Karina Massud @cinemassud
Quem diz que o maior amor do mundo é entre mãe e filho não conhece o amor entre irmãos gêmeos, ainda mais os siameses, aqueles que nascem ligados por alguma parte do corpo. "Indivisíveis" , do diretor Edoardo de Angelis é um lindo drama sobre irmãs gêmeas siamesas, uma história sobre tabus, exploração e amor.
As gêmeas Daisy e Viola ( Angela e Marianna Fontana) nasceram ligadas pelo quadril e vivem na região italiana de Nápoles. Apesar de terem uma conexão de sensações e sentimentos, têm personalidades bem distintas: Viola é mais meiga e medrosa e Daisy mais firme, forte e decidida.
As irmãs vivem feito escravas da família sanguessuga - pai, mãe, tio e agregado: eles as exibem cantando em festas como se estivessem em um freak show. Elas gostam de Janis Joplin mas seu pai Peppe ( Massimiliano Rossi), compositor frustrado, as faz cantar suas músicas bobinhas, além de gastar o dinheiro ganho no jogo. A mãe Titti (Antonia Truppo) passa o dia chapada, bebendo,fumando maconha e comprando eletrodomésticos caros.
Outro personagem que as explora é o padre da cidade, um hipócrita que se une à família das protagonistas para fazê-las de atração e de santas milagreiras para os fiéis, tudo isso para aumentar a arrecadação de donativos.
Depois que fazem 18 anos, Viola e Daisy percebem não ter uma vida normal: se não estão "presas" em casa, estão cantando em algum batizado ou casamento, não tem ao menos um celular pra se comunicar ou uma amiga pra sair. No entanto têm desejos e sonhos como qualquer pessoa: sonham ir para Los Angeles e ter um namorado. Até que um dia um médico as vê e oferece a cirurgia de separação. Elas então partem para arrumar os 20 mil Euros para a operação, mas são muito ingênuas e despreparadas para enfrentar o mundo sozinhas.
As atrizes Angela e Marianna Fontana além de lindas estão excelentes, delicadas, emotivas e dramáticas, sente-se que elas realmente tem uma ligação mental afiada e bonita.
Família sugadora, devotos malucos, empresário que curte fetiches, padre sádico e prazeres bizarros. O filme é enxuto e ágil, e as críticas ao fanatismo religioso e à exploração humana que em pleno século 21, ainda existem e são inteligentes e bem trabalhadas. O espectador sente muita pena da ingenuidade, sofrimento e trajetória das gêmeas, e torce para que no final aquelas lindas moças tenham uma vida normal e digna.
Vale Ver !
Por Karina Massud @cinemassud
Quem diz que o maior amor do mundo é entre mãe e filho não conhece o amor entre irmãos gêmeos, ainda mais os siameses, aqueles que nascem ligados por alguma parte do corpo. "Indivisíveis" , do diretor Edoardo de Angelis é um lindo drama sobre irmãs gêmeas siamesas, uma história sobre tabus, exploração e amor.
As gêmeas Daisy e Viola ( Angela e Marianna Fontana) nasceram ligadas pelo quadril e vivem na região italiana de Nápoles. Apesar de terem uma conexão de sensações e sentimentos, têm personalidades bem distintas: Viola é mais meiga e medrosa e Daisy mais firme, forte e decidida.
As irmãs vivem feito escravas da família sanguessuga - pai, mãe, tio e agregado: eles as exibem cantando em festas como se estivessem em um freak show. Elas gostam de Janis Joplin mas seu pai Peppe ( Massimiliano Rossi), compositor frustrado, as faz cantar suas músicas bobinhas, além de gastar o dinheiro ganho no jogo. A mãe Titti (Antonia Truppo) passa o dia chapada, bebendo,fumando maconha e comprando eletrodomésticos caros.
Outro personagem que as explora é o padre da cidade, um hipócrita que se une à família das protagonistas para fazê-las de atração e de santas milagreiras para os fiéis, tudo isso para aumentar a arrecadação de donativos.
Depois que fazem 18 anos, Viola e Daisy percebem não ter uma vida normal: se não estão "presas" em casa, estão cantando em algum batizado ou casamento, não tem ao menos um celular pra se comunicar ou uma amiga pra sair. No entanto têm desejos e sonhos como qualquer pessoa: sonham ir para Los Angeles e ter um namorado. Até que um dia um médico as vê e oferece a cirurgia de separação. Elas então partem para arrumar os 20 mil Euros para a operação, mas são muito ingênuas e despreparadas para enfrentar o mundo sozinhas.
As atrizes Angela e Marianna Fontana além de lindas estão excelentes, delicadas, emotivas e dramáticas, sente-se que elas realmente tem uma ligação mental afiada e bonita.
Família sugadora, devotos malucos, empresário que curte fetiches, padre sádico e prazeres bizarros. O filme é enxuto e ágil, e as críticas ao fanatismo religioso e à exploração humana que em pleno século 21, ainda existem e são inteligentes e bem trabalhadas. O espectador sente muita pena da ingenuidade, sofrimento e trajetória das gêmeas, e torce para que no final aquelas lindas moças tenham uma vida normal e digna.
Vale Ver !
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