PiTacO do PapO! 'A Última Família' - 2016
NOTA 9.5
Destaque no Festival Internacional de Cinema de São Paulo no ano passado, o longa polonês 'A Última Família', revela um modo muito peculiar de fazer cinema, ,muito embora esse mesmo 'jeitinho' não agrade a todo tipo de público. O premiado filme ainda inédito em circuito comercial no Brasil, conta a história real de Zdzislaw Beksinski.
A cinebiografia acompanha a curiosa história do pintor surrealista polonês (vivido aqui pelo ator Andrzej Seweryn) nascido em 1929, conhecido por suas perturbadoras obras pós-apocalípticas e fantasias sexuais bizarras. Seu filho Tomasz (o também ótimo Dawid Ogrodnik) , é um famoso crítico musical, DJ e dublador de filmes, mas que apresenta tendências neuróticas e suicidas preocupantes. A mãe, Zofia (Aleksandra Konieczna) , inspirada por valores católicos, esforça-se para manter a família unida. Empenhado em registar tudo com sua câmera de vídeo, a saga de Beksinski desenrola-se através de pinturas, e uma série de outras experiências.
O grande pintor tinha um hobby: a casa da família Beksinski era quase um 'Big Brother'. O gênio, observador como era, tinha o prazer de filmar tudo que acontecia dentro de casa, sem exceção - desde um acontecimento corriqueiro como um jantar em família, até momentos íntimos (isso incluindo a morte de sua mãe por exemplo). Esse olhar também é usado com maestria na direção de Jan P. Matuszynski, que capta todo esse timing e traz para sua produção um tom de documentário, incluindo datas gravadas no cantinho da tela como víamos em vídeos caseiros. Nada passa despercebido por Matuszynkki, a câmera é clínica, voraz e inquieta.
Além de todo rigor técnico, todos nós sabemos que a alma de uma cinebiografia está mesmo na construção dos personagens: e aqui temos gratas surpresas nas atuações, não somente do pintor polonês que é o foco desta cinebio, mas também de todos que formam a chamada 'última família'. Dawid Ogrodnik, que vive brilhantemente o filho de Beksinski, inevitavelmente rouba a cena. O rapaz visivelmente tinha uma perturbação, algum problema psicológico, mas que de maneira alguma era motivo para que ele não exercesse suas multifunções com êxito. Isso confere ao ator as melhores cenas do longa.
Dentre tantos méritos, 'A Última Família' exalta o jeito tradicional de fazer cinema mas com particularidades que acrescentam muito ao tom usado pelo direção, além de claro , apresentar um trabalho de elenco formidável.
Estamos falando do 'creme de la creme' do cinema polonês.
Super Vale Ver !
Destaque no Festival Internacional de Cinema de São Paulo no ano passado, o longa polonês 'A Última Família', revela um modo muito peculiar de fazer cinema, ,muito embora esse mesmo 'jeitinho' não agrade a todo tipo de público. O premiado filme ainda inédito em circuito comercial no Brasil, conta a história real de Zdzislaw Beksinski.
A cinebiografia acompanha a curiosa história do pintor surrealista polonês (vivido aqui pelo ator Andrzej Seweryn) nascido em 1929, conhecido por suas perturbadoras obras pós-apocalípticas e fantasias sexuais bizarras. Seu filho Tomasz (o também ótimo Dawid Ogrodnik) , é um famoso crítico musical, DJ e dublador de filmes, mas que apresenta tendências neuróticas e suicidas preocupantes. A mãe, Zofia (Aleksandra Konieczna) , inspirada por valores católicos, esforça-se para manter a família unida. Empenhado em registar tudo com sua câmera de vídeo, a saga de Beksinski desenrola-se através de pinturas, e uma série de outras experiências.
O grande pintor tinha um hobby: a casa da família Beksinski era quase um 'Big Brother'. O gênio, observador como era, tinha o prazer de filmar tudo que acontecia dentro de casa, sem exceção - desde um acontecimento corriqueiro como um jantar em família, até momentos íntimos (isso incluindo a morte de sua mãe por exemplo). Esse olhar também é usado com maestria na direção de Jan P. Matuszynski, que capta todo esse timing e traz para sua produção um tom de documentário, incluindo datas gravadas no cantinho da tela como víamos em vídeos caseiros. Nada passa despercebido por Matuszynkki, a câmera é clínica, voraz e inquieta.
Além de todo rigor técnico, todos nós sabemos que a alma de uma cinebiografia está mesmo na construção dos personagens: e aqui temos gratas surpresas nas atuações, não somente do pintor polonês que é o foco desta cinebio, mas também de todos que formam a chamada 'última família'. Dawid Ogrodnik, que vive brilhantemente o filho de Beksinski, inevitavelmente rouba a cena. O rapaz visivelmente tinha uma perturbação, algum problema psicológico, mas que de maneira alguma era motivo para que ele não exercesse suas multifunções com êxito. Isso confere ao ator as melhores cenas do longa.
Dentre tantos méritos, 'A Última Família' exalta o jeito tradicional de fazer cinema mas com particularidades que acrescentam muito ao tom usado pelo direção, além de claro , apresentar um trabalho de elenco formidável.
Estamos falando do 'creme de la creme' do cinema polonês.
Super Vale Ver !
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