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PiTacO do PapO! 'Planeta dos Macacos: A Guerra' - 2017 -Crítica 2

NOTA 9.5

Por Karina Massud @cinemassud 


Humano virando animal e animal virando humano.

O planeta entrou em colapso depois que um vírus atingiu os humanos, tirando sua capacidade de falar e ter raciocínio lógico, enquanto os macacos vítimas de experimentos científicos durante décadas, aprenderam a falar.



Restou pouca coisa da humanidade. O que sobrou do exército americano entrou em guerra com os macacos para eliminá-los de vez. Os primatas eram liderados por Koba, chefe beligerante que foi morto por César, sucessor que busca a paz e um lugar tranquilo para o seu povo viver.

Andy Serkis, que interpreta de forma magistral César (e é conhecido por fazer o assustador Gollun de “Senhor dos Anéis”), luta para ser reconhecido/tratado como ator pela indústria cinematográfica, e não apenas como ator de performance capture ( técnica que captura digitalmente os movimentos do personagem através de sensores), o reconhecimento é merecido pois o ator britânico dá show de atuação. César luta contra o ódio que sente pelos humanos e a sede de vingança que o leva a tomar decisões erradas. Todo o desespero, luto e angústia do macaco, são nítidos no olhar.


O vilão do filme é o Coronel, feito brilhantemente por Woody Harrelson e claramente inspirado no Coronel Kurtz de Marlon Brando em “Apocalipse Now”. O militar americano é traumatizado por diversos fatos, ele comanda os soldados vassalos e seu próprio “reino”, o campo de concentração de macacos onde exercita seu sadismo. Esse quartel-general é como os horrendos campos de extermínio de judeus na 2a Guerra, com trabalho forçado , punição e humilhação de todos os tipos.

Há muita emoção e lágrimas, pois entre os macacos reina o sentimento de união e amor entre amigos e família. Os humanos e seu exército são o lado desprezível da trama, daí a torcida do espectador pelos primatas.

Sem dúvida alguma “O Planeta dos Macacos” de 1968, dirigido por Franklin Schaffner e estrelado por Charlton Heston é uma das melhores e mais perturbadoras ficções científicas até hoje, com um dos finais mais impactantes de toda a história do cinema. As continuações seguintes foram caça-níqueis sem relevância alguma.



A franquia iniciada em 2011 é boa, mas os dois primeiros filmes nem de longe atingiram o nível de excelência do original, apesar dos efeitos especiais de última geração. “Planeta dos Macacos: A Guerra” fecha lindamente a trilogia, o ápice finalmente foi atingido novamente, que alegria!  O diretor Matt Reeves soube dosar momentos de ação espetaculares, de aflição, amor e até algum humor com o personagem sobrevivente do zôo, o que nos traz um certo alívio na trama quase toda muito triste, forte e densa.

Os efeitos especiais atingiram um patamar altíssimo de tirar o fôlego - impressionantes as diversas espécies de macacos mostradas com espantosa veracidade. Tudo potencializado pela trilha sonora sensacional assinada por Michael Giacchino.

Épico imperdível. Sinto cheiro de Oscar vindo por aí!


Super Vale Ver !

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