PiTacO do PapO - 'Ao Cair da Noite' (2017)
NOTA 8.0
Por Rogério Machado
O cinema de horror virou uma indústria rentável, quase que um universo paralelo dentro do meio cinematográfico. Sendo assim, é natural que ideias toscas sejam lançadas aos montes e com grandes estúdios por trás.'Ao Cair da Noite', que chegou aos cinemas no Brasil em junho desse ano, por fugir dos modelos prontos de fórmulas muito usadas, acaba significando uma boa proposta dentro do gênero.
O longa narra a história de um homem, Paul, (Joel Edgerton), que lida com grandes terrores após uma ameaça não identificada amedrontar o mundo. Seguro em um lar isolado, ao lado de sua esposa e filho, ele vive com medo, dor e paranoia, em meio a recursos escassos. Quando um jovem casal e seu pequeno filho são acolhidos pela famÃlia, cresce o sentimento de pânico e de desconfiança, ao mesmo tempo em que os horrores do mundo exterior parecem cada vez mais próximos. Mas eles não são nada se comparados aos horrores vividos dentro da casa, onde o homem descobre que o seu compromisso de proteger a famÃlia pode custar sua própria alma.
Não espere sustos óbvios ou efeitos sonoros que induzem o expectador, o longa de estreia de Trey Edward Shults, é quase que uma experiência sensorial, que trabalha dentro do campo da imaginação. Que instiga o espectador a traduzir por si próprio o que está por traz dos fatos apresentados: Desde as cenas iniciais, quando vemos pessoas usando máscaras de gás e luvas a se despedir de um debilitado, moribundo e gravemente ferido idoso, já começamos a montar as peças para o entendimento daquela realidade. Sem necessidade de narração over, flashbacks ou diálogos expositivos, percebemos a atual situação daqueles personagens e o quão urgente é a necessidade deles se protegerem do mundo ao seu redor.
Até seu momento final, 'Ao Cair da Noite' mantém-se fiel à sua proposta pragmática de analisar o sofrimento humano. É com regozijo que vemos os créditos subirem e percebemos que a dor da perda e a aceitação, aqui, suplantam qualquer necessidade de apelo superficial dramático. Por quebrar a tradição e inovar no gênero,'It Comes at Night' (no original) merece todos os louros possÃveis.
Vale Ver !
Por Rogério Machado
O cinema de horror virou uma indústria rentável, quase que um universo paralelo dentro do meio cinematográfico. Sendo assim, é natural que ideias toscas sejam lançadas aos montes e com grandes estúdios por trás.'Ao Cair da Noite', que chegou aos cinemas no Brasil em junho desse ano, por fugir dos modelos prontos de fórmulas muito usadas, acaba significando uma boa proposta dentro do gênero.
Não espere sustos óbvios ou efeitos sonoros que induzem o expectador, o longa de estreia de Trey Edward Shults, é quase que uma experiência sensorial, que trabalha dentro do campo da imaginação. Que instiga o espectador a traduzir por si próprio o que está por traz dos fatos apresentados: Desde as cenas iniciais, quando vemos pessoas usando máscaras de gás e luvas a se despedir de um debilitado, moribundo e gravemente ferido idoso, já começamos a montar as peças para o entendimento daquela realidade. Sem necessidade de narração over, flashbacks ou diálogos expositivos, percebemos a atual situação daqueles personagens e o quão urgente é a necessidade deles se protegerem do mundo ao seu redor.
Até seu momento final, 'Ao Cair da Noite' mantém-se fiel à sua proposta pragmática de analisar o sofrimento humano. É com regozijo que vemos os créditos subirem e percebemos que a dor da perda e a aceitação, aqui, suplantam qualquer necessidade de apelo superficial dramático. Por quebrar a tradição e inovar no gênero,'It Comes at Night' (no original) merece todos os louros possÃveis.
Vale Ver !
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