PiTacO do PapO - 'Feito na América' - 2017
NOTA 8.5
Por Rogério Machado
Anos 80... aviões... Tom Cruise!
Essa combinação já vimos antes e todo mundo sabe que deu samba. Dessa vez o personagem não é fictício e a narrativa não é nada romântica; em comum, somente o clima de aventura e a adrenalina, que assim como em 'Top Gun - Ases Indomáveis' (1986), também são características marcantes no verídico 'Feito na América'. Dirigido pelo experiente Doug Liman ('A Identidade Bourne'- 2002 e 'Sr & Sra Smith' - 2005), o filme acaba de chegar aos cinemas.
No longa, Cruise é Barry Seal, um piloto de carreira cooptado pelo agente da CIA Monty Schafer (Domhnall Gleeson) para conduzir pequenos aviões e fotografar campos de produção e pouso clandestinos de grandes narcotraficantes pela América Latina. O piloto realiza a missão com habilidade até ser pego por dois chefões do cartel de Medellín, Jorge Ochoa (Alejandro Edda) e Pablo Escobar (Maurício Mejía). À partir desse 'encontro', eles oferecem ao piloto uma participação nos lucros para transportar sua cocaína aos EUA. Como agente duplo - um verdadeiro crime perfeito por sinal - este tráfico sob a proteção da CIA (sem que ela saiba, claro) passa a render altíssimos lucros ao piloto.
Seal já apareceu em outros ambientes cinematográficos anteriormente - afinal de contas, pudemos ver o personagem em filmes como 'Conexão Escobar' (2016) e também na primeira temporada de 'Narcos' , já que o cara foi nada mais nada menos que um dos homens da lenda do tráfico Pablo Escobar.
Pelo histórico, já não era sem tempo de Seal ser retratado num filme só dele e coube à Liman levar adiante esse projeto audacioso, mas que ao meu ver, foi competente. De edição cheia de humor e muito ágil e com Cruise dando corpo a um traficante de fala irônica e com ares de prepotência, o filme ganha nuances diferenciadas, que não segue protocolos e carimba uma identidade única dentro da narrativa. Devo dizer que aliado à esses atributos, estão a fotografia vibrante em tons in sépia de Cesar Charlone e a surpresa de não ver Tom Cruise preso à um esteriótipo de si mesmo ou de um de seus personagens que muitas vezes exalam testosterona barata.
Carregado de humor ácido em toda sua construção, 'Feito na América' é também uma crítica ao sistema e ao 'american way of life'. Porém, muito mais do que se ater a fatos e datas dentro do universo dessa personalidade, o novo longa de Liman é uma diversão impagável e o melhor, com cérebro.
Vale Ver !
Por Rogério Machado
Anos 80... aviões... Tom Cruise!
Essa combinação já vimos antes e todo mundo sabe que deu samba. Dessa vez o personagem não é fictício e a narrativa não é nada romântica; em comum, somente o clima de aventura e a adrenalina, que assim como em 'Top Gun - Ases Indomáveis' (1986), também são características marcantes no verídico 'Feito na América'. Dirigido pelo experiente Doug Liman ('A Identidade Bourne'- 2002 e 'Sr & Sra Smith' - 2005), o filme acaba de chegar aos cinemas.
Seal já apareceu em outros ambientes cinematográficos anteriormente - afinal de contas, pudemos ver o personagem em filmes como 'Conexão Escobar' (2016) e também na primeira temporada de 'Narcos' , já que o cara foi nada mais nada menos que um dos homens da lenda do tráfico Pablo Escobar.
Pelo histórico, já não era sem tempo de Seal ser retratado num filme só dele e coube à Liman levar adiante esse projeto audacioso, mas que ao meu ver, foi competente. De edição cheia de humor e muito ágil e com Cruise dando corpo a um traficante de fala irônica e com ares de prepotência, o filme ganha nuances diferenciadas, que não segue protocolos e carimba uma identidade única dentro da narrativa. Devo dizer que aliado à esses atributos, estão a fotografia vibrante em tons in sépia de Cesar Charlone e a surpresa de não ver Tom Cruise preso à um esteriótipo de si mesmo ou de um de seus personagens que muitas vezes exalam testosterona barata.
Carregado de humor ácido em toda sua construção, 'Feito na América' é também uma crítica ao sistema e ao 'american way of life'. Porém, muito mais do que se ater a fatos e datas dentro do universo dessa personalidade, o novo longa de Liman é uma diversão impagável e o melhor, com cérebro.
Vale Ver !
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