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PiTacO do PapO - 'Quatro Luas' (2016)

NOTA 7.5

Por Rogério Machado


Quatro Luas. Quatro nuances dentro de uma temática que ainda poderá ser muito explorada pelas ciências cinematográficas: 'Cuatro Lunas', de vertente LGBT que está disponível na Netflix, apesar de abordar de maneira dura e sem concessões os dramas vividos em diversas etapas da vida de quem se encontra nessa realidade, o filme (pelo menos pra mim) peca no tom.


O longa apresenta quatro histórias de amor e autoaceitação. Entre elas, um menino de onze anos que se esforça para manter em segredo o afeto que sente pelo primo. Dois amigos de infância que se reencontram adultos e iniciam um relacionamento que se complica quando um deles não aceita em se assumir como gay. Um longo relacionamento de dez anos  que passa por desgastes, e 
é abalado com a chegada de um terceiro. E por fim, um homem de meia idade, que vive com sua esposa há muitos anos, mas que é obcecado por um michê que ele conheceu numa sauna, e tenta levantar um dinheiro para poder pagar por essa experiência. 

Dirigido por Sérgio Tovar Velarde, à frente de seu primeiro trabalho, era de se esperar algumas escolhas erradas e desfechos óbvios que poderiam ficar muito bem subentendidos - algumas cenas íntimas poderiam ter ficado plasticamente mais bonitas, não fosse a motivação de desenhar e apresentar meio que um'bê a bá' da 'iniciação' gay. Algumas atuações me soaram um pouco artificiais, mecânicas demais, principalmente por algumas histórias se apresentarem bem dramáticas, que por sua vez se apoiam única e exclusivamente na performance do ator. 

O bullying na infância, o medo de se assumir, os conflitos numa relação consolidada e a necessidade de estar 'dentro do armário' (ou medo de sair dele), compõem essas quatro fases da lua dentro do longa, uma maneira até criativa de ilustrar esses momentos na vida de cada história contada aqui. Ainda que tenho achado algumas falhas nos pontos já citados, não dá pra negar que o filme retrate a realidade sem floreios do que é travar esses conflitos da descoberta, das escolhas em não se assumir, e do dia a dia de um amor entre iguais. 



Vale Ver ! 

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