PiTacO do PapO - 'O Amante Duplo' | 2017
NOTA 9.0
Por Rogério Machado
O Cineasta francês François Ozon acaba de nos revelar mais uma faceta em sua já consagrada carreira : 'O Amante Duplo', filme que ainda segue sem previsão de estreia por aqui, é um tipo de cinema ainda não apresentado por ele em seus trabalhos anteriores. Forte, Sexy e arrojado , o longa nos diz sobre psicopatias relativas ao universo materno, a necessidade de dominar para estar bem, entre outras taras, desejos e fantasias sujas.
Na trama, Marina Vacht é Chloé, uma mulher reprimida sexualmente que, constantemente, sente dores no ventre. Acreditando que seu problema seja psicológico, ela busca a ajuda de Paul (Jérémie Renier), um psicólogo atencioso e muito atrante. Só que, com o andar das sessões de terapia, eles acabam se apaixonando. Diante da situação, Paul encerra a terapia e indica uma colega para tratar a esposa. Entretanto, ela resolve se consultar com outro psicólogo, Louis, irmão gêmeo de Paul, que nunca havia sido citado por ele até aquele momento da relação.
Não se engane, a sinopse não conta da missa a metade: esse drama erótico super envolvente esconde várias surpresas à medida que a trama avança e vai nos introduzindo à vida desses personagens misteriosos que não mostram suas reais intenções em momento algum, e ouso dizer, que dependendo de sua linha de interpretação, algumas delas permanecerão escondidas mesmo depois do subir dos créditos. Uma inquietação pulsa desde os primeiros minutos ao nos depararmos com o semblante triste e misterioso de Chloé: sabemos que há alguma coisa ali, muito além de uma dor insistente, mas é impossÃvel detectar o que há na verdade , e isso, claro, só iremos saber mais à frente.
É patente as diversas referências ao cinema de Alfred Hitchcock, Brian de Palma e David Cronemberg, Ozon fez uma mistura explosiva, repleta de psicanálise, erotismo, perversidade, fetichismo e prazer. ImpossÃvel não se lembrar de "Gêmeos, mórbida semelhança", de Cronemberg, e de "Irmãs gêmeas", de Brian de Palma. Até da tela dividida, uma marca registrada de de Palma, Ozon se apropria. O longa é uma aula de narrativa cinematográfica ; e pra finalizar, não poderia também deixar de citar o trabalho formidável de Jérémie Renier, no papel dos gêmeos Paul e Louis - é fácil pro espectador identificar qual gêmeo está em cena, tamanho domÃnio de atuação de Renier, sem dúvida o grande destaque na trama.
E por último, vale também registrar a pequena, mas excepcional participação de um dos maiores Ãcones do cinema francês e mundial: Jacqueline Bisset.
Super Vale Ver !
Marine Vacth, Chloé Fortin, Jérémie Renier, Paul Meyer, Jacqueline Bisset, Myriam Boyer, Dominique Reymond, Fanny Sage, Jean-Édouard Bodziak, Antoine de La Morinerie, Jean-Paul Muel, Keisley Gauthier, Tchaz Gauthier, Clemence Trocque, Pascal Aubert, Guillaume Le Pape ,Benoît Giros
Por Rogério Machado
O Cineasta francês François Ozon acaba de nos revelar mais uma faceta em sua já consagrada carreira : 'O Amante Duplo', filme que ainda segue sem previsão de estreia por aqui, é um tipo de cinema ainda não apresentado por ele em seus trabalhos anteriores. Forte, Sexy e arrojado , o longa nos diz sobre psicopatias relativas ao universo materno, a necessidade de dominar para estar bem, entre outras taras, desejos e fantasias sujas.
Na trama, Marina Vacht é Chloé, uma mulher reprimida sexualmente que, constantemente, sente dores no ventre. Acreditando que seu problema seja psicológico, ela busca a ajuda de Paul (Jérémie Renier), um psicólogo atencioso e muito atrante. Só que, com o andar das sessões de terapia, eles acabam se apaixonando. Diante da situação, Paul encerra a terapia e indica uma colega para tratar a esposa. Entretanto, ela resolve se consultar com outro psicólogo, Louis, irmão gêmeo de Paul, que nunca havia sido citado por ele até aquele momento da relação.
Não se engane, a sinopse não conta da missa a metade: esse drama erótico super envolvente esconde várias surpresas à medida que a trama avança e vai nos introduzindo à vida desses personagens misteriosos que não mostram suas reais intenções em momento algum, e ouso dizer, que dependendo de sua linha de interpretação, algumas delas permanecerão escondidas mesmo depois do subir dos créditos. Uma inquietação pulsa desde os primeiros minutos ao nos depararmos com o semblante triste e misterioso de Chloé: sabemos que há alguma coisa ali, muito além de uma dor insistente, mas é impossÃvel detectar o que há na verdade , e isso, claro, só iremos saber mais à frente.
É patente as diversas referências ao cinema de Alfred Hitchcock, Brian de Palma e David Cronemberg, Ozon fez uma mistura explosiva, repleta de psicanálise, erotismo, perversidade, fetichismo e prazer. ImpossÃvel não se lembrar de "Gêmeos, mórbida semelhança", de Cronemberg, e de "Irmãs gêmeas", de Brian de Palma. Até da tela dividida, uma marca registrada de de Palma, Ozon se apropria. O longa é uma aula de narrativa cinematográfica ; e pra finalizar, não poderia também deixar de citar o trabalho formidável de Jérémie Renier, no papel dos gêmeos Paul e Louis - é fácil pro espectador identificar qual gêmeo está em cena, tamanho domÃnio de atuação de Renier, sem dúvida o grande destaque na trama.
E por último, vale também registrar a pequena, mas excepcional participação de um dos maiores Ãcones do cinema francês e mundial: Jacqueline Bisset.
Super Vale Ver !
DIREÇÃO
- François Ozon
EQUIPE TÉCNICA
Roteiro: Joyce Carol Oates,François Ozon, Philippe Piazzo
Produção: Eric Altmayer, Nicolas Altmayer
Fotografia: Manuel Dacosse
Trilha Sonora: Philippe Rombi
Montador: Laure Gardette
ELENCO
Marine Vacth, Chloé Fortin, Jérémie Renier, Paul Meyer, Jacqueline Bisset, Myriam Boyer, Dominique Reymond, Fanny Sage, Jean-Édouard Bodziak, Antoine de La Morinerie, Jean-Paul Muel, Keisley Gauthier, Tchaz Gauthier, Clemence Trocque, Pascal Aubert, Guillaume Le Pape ,Benoît Giros
Deixe seu Comentário: