PiTacO do PapO - 'Rememory' | 2017
NOTA 7.0
Por Rogério Machado
O avanço das tecnologias e a selvageria das redes sociais, algumas vezes me provocam um certo frio na barriga. A impressão que dá é que não existem freios, que a modernidade cibernética passará por cima de tudo e todos, até por cima dos sentimentos. É sobre mais ou menos isso que se trata o drama com toques de ficção cientÃfica 'Rememory', lançado no Festival de Sundance e que segue sem previsão de estreia oficial no Brasil, mas que em breve deve aparecer em alguma plataforma de streaming.
O filme nos apresenta Sam Bloom (Peter Dinklage, o famoso anão de GOT), um projetista de maquetes que perde seu irmão em um trágico acidente de carro. Ele parece ser um homem aflito, confuso e claro, com algum mistério que devemos descobrir mais adiante na trama. Logo após somos introduzidos ao personagem de Martin Donovan, Gordon Dunn, um renomado psicólogo que cria uma máquina que pode gravar e reproduzir todas as memórias de uma vida inteira. Ele morre logo após o lançamento do produto e aà que o filme começa a andar.
A morte de Gordon Dunn causa um verdadeiro caos ao restante dos personagens, começando com o CEO da empresa Cortex (vivido pelo nosso querido brotha, Henry Ian Cusick aka Desmond da série 'Lost') que tem interesses econômicos na máquina, nas cobaias de Dunn que não sabem lidar com os danos colaterais do experimento, em sua mulher que não tem ideia do que realmente ocorreu ao seu marido e também em Sam, que parece ter um interesse especial no uso da máquina e é ele, que por acaso se torna um ótimo detetive ao longo da história, decide por contra própria dar inÃcio as investigações e descobrir de fato o que aconteceu nessa misteriosa morte.
É claro que em algum momento o destino de alguns personagens se cruzariam de maneira trágica, e é aà onde reside a maior surpresa que Mark Palansky, na direção, guarda à sete chaves e só mostra mesmo no final. Por sua vez, o desfecho trará luz à toda trama, mas devo confessar que até isso acontecer, é perceptÃvel a necessidade de 'plantar' na trama muitos personagens com histórias que cruzam com a vida do falecido, mas que parecem tacanhas demais para subsistir. Mas é claro que até lá tudo parecerá estar conectado, mas já aviso: era somente um alarme falso. Porém, devo dar mão à palmatória: Palansky conduz bem a história, a trama é atraente, o único pecado é querer ser mais do que ela realmente é.
Contudo, o longa se salva por pouco pela reflexão que provoca: 'Nós somos o conjunto de nossas memórias...' e a moral da história dá conta que o que é bom, será naturalmente guardado no coração e o que é ruim, deverá ser lançado no mar do esquecimento.
Vale Ver !
Por Rogério Machado
O avanço das tecnologias e a selvageria das redes sociais, algumas vezes me provocam um certo frio na barriga. A impressão que dá é que não existem freios, que a modernidade cibernética passará por cima de tudo e todos, até por cima dos sentimentos. É sobre mais ou menos isso que se trata o drama com toques de ficção cientÃfica 'Rememory', lançado no Festival de Sundance e que segue sem previsão de estreia oficial no Brasil, mas que em breve deve aparecer em alguma plataforma de streaming.
O filme nos apresenta Sam Bloom (Peter Dinklage, o famoso anão de GOT), um projetista de maquetes que perde seu irmão em um trágico acidente de carro. Ele parece ser um homem aflito, confuso e claro, com algum mistério que devemos descobrir mais adiante na trama. Logo após somos introduzidos ao personagem de Martin Donovan, Gordon Dunn, um renomado psicólogo que cria uma máquina que pode gravar e reproduzir todas as memórias de uma vida inteira. Ele morre logo após o lançamento do produto e aà que o filme começa a andar.
A morte de Gordon Dunn causa um verdadeiro caos ao restante dos personagens, começando com o CEO da empresa Cortex (vivido pelo nosso querido brotha, Henry Ian Cusick aka Desmond da série 'Lost') que tem interesses econômicos na máquina, nas cobaias de Dunn que não sabem lidar com os danos colaterais do experimento, em sua mulher que não tem ideia do que realmente ocorreu ao seu marido e também em Sam, que parece ter um interesse especial no uso da máquina e é ele, que por acaso se torna um ótimo detetive ao longo da história, decide por contra própria dar inÃcio as investigações e descobrir de fato o que aconteceu nessa misteriosa morte.
É claro que em algum momento o destino de alguns personagens se cruzariam de maneira trágica, e é aà onde reside a maior surpresa que Mark Palansky, na direção, guarda à sete chaves e só mostra mesmo no final. Por sua vez, o desfecho trará luz à toda trama, mas devo confessar que até isso acontecer, é perceptÃvel a necessidade de 'plantar' na trama muitos personagens com histórias que cruzam com a vida do falecido, mas que parecem tacanhas demais para subsistir. Mas é claro que até lá tudo parecerá estar conectado, mas já aviso: era somente um alarme falso. Porém, devo dar mão à palmatória: Palansky conduz bem a história, a trama é atraente, o único pecado é querer ser mais do que ela realmente é.
Contudo, o longa se salva por pouco pela reflexão que provoca: 'Nós somos o conjunto de nossas memórias...' e a moral da história dá conta que o que é bom, será naturalmente guardado no coração e o que é ruim, deverá ser lançado no mar do esquecimento.
Vale Ver !
DIREÇÃO
- Mark Palansky
EQUIPE TÉCNICA
Roteiro: Mike Vukadinovich, Mark Palansky
Produção: Daniel Bekerman, Lee Clay Fotografia: Gregory Middleton
Trilha Sonora: Gregory Tripi
Montador: Jane MacRae, Tyler Nelson
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