PiTacO do PapO - 'Cargo' | 2018
NOTA 7.7
Por Karina Massud @cinemassud
Há pouco mais de uma década o gênero “mundo pós-apocalipse zumbi” voltou com tudo em filmes e séries e, pra felicidade dos fãs, parece que está longe de ir embora.
“Cargo”, nova produção da Netflix, baseada num curta-metragem de mesmo nome de 2013, é um filme de zumbis, mas que foca acima de tudo em amor e cuidado. A trama não usa os mortos-vivos gosmentos como mero pretexto pra causar medo e repulsa no espectador, eles são o pano de fundo para um tocante drama familiar. Os caminhantes e a catástrofe mundial nos mostram os extremos do ser humano, a que ponto chega e no que se transforma.
Apocalipse zumbi: não se sabe como nem onde começou, somente que a humanidade que restou luta pra sobreviver de modo selvagem e insano (pra quem gosta de tudo muito bem explicadinho: esse filme não é pra você!). “Cargo” se passa nas pradarias (outbacks) australianas, onde uma pequena família (pai, mãe e bebê) navega sem rumo num barco em busca de suprimentos e um pouco de paz, dois itens de luxo na nova realidade. Martin Freeman (que se mostra mais uma vez um ator de alto escalão aguardando um grande papel como protagonista) é um pai na missão quase que impossível de salvar sua filhinha Rosie (que é de uma fofura irresistível) de todo esse horror que os cerca, e levá-la a um lugar seguro. Desastres acontecem e eles então são obrigados a abandonar o barco e procurar outro lugar seguro; nessa jornada encontram-se com tipos diversos: um doido que usa gente como iscas, uma família que tenta levar uma vida “normal” em um trailer e uma criança aborígene que cultiva rituais antigos e procura a terra do seu povo, menina essa que acaba se unindo a eles nesse caminho incerto.
Os sustos são poucos mas a tensão que paira no ar é constante e a emoção trazida pelo drama da sobrevivência dos personagens compensa. Não há hordas de zumbis como se vê em produções do gênero, os maiores inimigos são na verdade os outros humanos sedentos de ódio e poder sobre os demais. Relação pai e filha pequena + zumbis + sobrevivência = nota-se uma clara semelhança com o excelente filme coreano de 2016 “ Invasão Zumbi” , visto que originalidade total é algo quase raro nos roteiros do gênero, o que não desmerece em nada o longa. O final é sensacional, emociona e surpreende!
É filme pra sofrer, ficar com nó na garganta e chorar sim!
Então se prepare e corra lá ver.
Vale Ver !
Martin Freeman, Anthony Hayes, Susie Porter, Caren Pistorius, Kris McQuade, Natasha Wanganeen, Bruce R. Carter, Simone Landers, David Gulpilil
Por Karina Massud @cinemassud
Há pouco mais de uma década o gênero “mundo pós-apocalipse zumbi” voltou com tudo em filmes e séries e, pra felicidade dos fãs, parece que está longe de ir embora.
“Cargo”, nova produção da Netflix, baseada num curta-metragem de mesmo nome de 2013, é um filme de zumbis, mas que foca acima de tudo em amor e cuidado. A trama não usa os mortos-vivos gosmentos como mero pretexto pra causar medo e repulsa no espectador, eles são o pano de fundo para um tocante drama familiar. Os caminhantes e a catástrofe mundial nos mostram os extremos do ser humano, a que ponto chega e no que se transforma.
Apocalipse zumbi: não se sabe como nem onde começou, somente que a humanidade que restou luta pra sobreviver de modo selvagem e insano (pra quem gosta de tudo muito bem explicadinho: esse filme não é pra você!). “Cargo” se passa nas pradarias (outbacks) australianas, onde uma pequena família (pai, mãe e bebê) navega sem rumo num barco em busca de suprimentos e um pouco de paz, dois itens de luxo na nova realidade. Martin Freeman (que se mostra mais uma vez um ator de alto escalão aguardando um grande papel como protagonista) é um pai na missão quase que impossível de salvar sua filhinha Rosie (que é de uma fofura irresistível) de todo esse horror que os cerca, e levá-la a um lugar seguro. Desastres acontecem e eles então são obrigados a abandonar o barco e procurar outro lugar seguro; nessa jornada encontram-se com tipos diversos: um doido que usa gente como iscas, uma família que tenta levar uma vida “normal” em um trailer e uma criança aborígene que cultiva rituais antigos e procura a terra do seu povo, menina essa que acaba se unindo a eles nesse caminho incerto.
Os sustos são poucos mas a tensão que paira no ar é constante e a emoção trazida pelo drama da sobrevivência dos personagens compensa. Não há hordas de zumbis como se vê em produções do gênero, os maiores inimigos são na verdade os outros humanos sedentos de ódio e poder sobre os demais. Relação pai e filha pequena + zumbis + sobrevivência = nota-se uma clara semelhança com o excelente filme coreano de 2016 “ Invasão Zumbi” , visto que originalidade total é algo quase raro nos roteiros do gênero, o que não desmerece em nada o longa. O final é sensacional, emociona e surpreende!
É filme pra sofrer, ficar com nó na garganta e chorar sim!
Então se prepare e corra lá ver.
Vale Ver !
DIREÇÃO
- Ben Howling
Yolanda Ramke
EQUIPE TÉCNICA
Roteiro: Yolanda Ramke
Produção: Russell Ackerman, Zak Brilliant, Kristina Ceyton, Samantha Jennings, Mark Patterson, Compton Ross, John Schoenfelder
Produção: Russell Ackerman, Zak Brilliant, Kristina Ceyton, Samantha Jennings, Mark Patterson, Compton Ross, John Schoenfelder
Fotografia: Geoffrey Simpson
Montador: Dany Cooper, Sean Lahiff
Distribuidora: Netflix
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