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PiTacO do PapO - 'Beirute' | 2018

NOTA 8.5

Por Rogério Machado



À frente de 'Beirute' , nova produção original Netflix que chegou no sistema de streaming no último dia 15, Brad Anderson retoma os trilhos de sua inventividade, pelo menos no que tange à seu envolvimento com o cinema. Depois de ganhar nome com 'O Operário' (2004), filme em que Christian Bale encarnou um de seus mais marcantes personagens, em que literalmente sofreu uma transformação descomunal após perder quase 30 Kg, o cineasta andou apresentando trabalhos menos expressivos. Não resta dúvida portanto, sobre o talento de Anderson ao conduzir tramas com alto teor de suspense. 'Beirute,' portanto, é exemplo disso. 



A história acompanha Mason Skiles (Jon Hamm), um dos melhores diplomatas dos EUA, que deixa o Líbano na década de 1970 após um acidente envolvendo sua família e uma potencial adoção, e dez anos depois, já trabalhando num ramo completamente diferente e sob muita resistência,  volta ao local para responder um chamado da CIA, que pede seu retorno à Beirute para realizar uma missão que só ele é capaz de cumprir: fazer uma negociação de um sequestro envolvendo um terrorista e um membro da OLP (Organização para a Libertação da Palestina). Enquanto Mason não sabe quem realmente está do seu lado, uma agente da CIA infiltrada na embaixada norte-americana, Sandy (Rosamund Pike) recebe a função de tentar proteger o diplomata.

Ainda que produções envolvendo terrorismo no oriente médio e a diplomacia americana se colocando entre Israel e Palestina, sejam destaque vez por outra nas telas e em determinados momentos o thriller assuma um caráter genérico, o longa tem a seu favor o fator surpresa: existem duas boas viradas na trama que com certeza pegarão a maior parte da audiência de surpresa e que levarão o interesse do espectador até o fim. A boa condução de Anderson e o clima de conspiração pairando sobre a trama se torna um ingrediente imprescindível para que o filme não caia na monotonia. 

É claro que o roteiro, (do tarimbado Tony Gilroy, 'Armageddon'-1998, 'Rogue One: Uma História Star Wars' -2016 e tantos outros), pelo tema que abraça, (a tirar pela última parte) cai de maneira sutil naquele velho clichê que diz que a América é a solução para esses infindáveis conflitos internacionais. Apesar de já termos visto a retórica em outras produções, o que vale mesmo é o entretenimento que ela proporciona.


Vale Ver !



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