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PiTacO do PapO - 'Sexy Por Acidente' | 2018

NOTA 6.9

Por Rogério Machado



Comédias que brincam (no bom sentido, creio eu) com esteriótipos  e afins são muito comuns no cinema: tendo a cor da pele, o sexo, o gênero e até a forma física, esse tipo de produção são pratos fartos para o gênero que nem sempre precisa se preocupar com a ditadura do politicamente correto. Felizmente (ou infelizmente) eu diria  que, polidas ou não, o que esperamos é que comédias sejam mesmo engraçadas e nos divirtam. 'Sexy por Acidente', que chegou recentemente aos cinemas, segue essa linha para pregar uma mensagem gasta , mas que conta com o carisma da comediante Amy Schumer.


Na história Schumer é Renné Barret, uma jovem um pouco acima do peso que convive diariamente com insegurança e baixa autoestima por conta de sua forma física. Depois de cair e bater a cabeça numa aula de spinning, ela volta a si acreditando ter o corpo que sempre sonhou e assim começa uma nova vida cheia de confiança e sem medo de seguir seus desejos, o que a faz tentar uma cobiçada vaga de recepcionista nas empresas da badalada Avery Leclaire (Michelle Williams), uma espécie de referência no mundo da beleza com produtos de alta linha. 

A ditadura da beleza é representada através das empresas de Avery, que aos poucos começa a ver que o mais viável e 'cool' seria aderir à política de inclusão - para isso uma nova linha seria lançada mudando o foco do público que passaria a consumir os produtos sempre direcionados às 'belas de plantão'. O roteiro de Abby Kohn e Marc Silverstein (também na direção) usa Schumer para, (inconscientemente, eu diria) encabeçar o movimento de democratização da marca, e é aí onde a graça reside (ou deveria residir), já que a auto estima da nova gostosa do pedaço é que resultará nas cenas mais simpáticas, como quando ela parte para a conquista de um novo amor ou  como ela se posiciona enquanto recém contratada no trabalho dos sonhos.

A autoestima nas alturas dará o tom para o desenvolvimento da trama, que nem de longe lembra uma comédia e segue com ritmo bem prejudicado ao se concentrar em sequências demasiadamente desinteressantes, longas,  e às vezes sem conexão com o tema central. A mensagem que diz que cada um é belo a sua própria maneira e do jeito que é , haveria de ser inserida de alguma forma, e ainda que seja sempre bonita de se ver e ouvir, se mostra batida e repetitiva.  Amy Schumer provoca empatia no perfil da protagonista, mas nada além disso. No fim das contas, sobram mensagens de autoconfiança mas faltam risos. 


Vale Ver, Mas nem Tanto !





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