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PiTacO do PapO - 'Christopher Robin - Um Reencontro Inesquecível' | 2018

NOTA 9.0

Por Rogério Machado


As belas aventuras de Alan Alexander Milne habitam o imaginário  infantil e adulto há mais de 90 anos: O doce Ursinho Pooh (ou Puff,como queira) e sua turma, que mais tarde ganhou produções com o selo Disney, reflete bem o universo particular de seu autor e propagam mensagens sobre aceitação, amor, unidade , e a maior delas: a busca pela inocência, no melhor sentido que a palavra pode ter. 'Christopher Robin: Um Reencontro Inesquecível' , que chegou ontem aos cinemas brasileiros, tem traços autobiográficos que também evocam os mesmos sentimentos vistos nas obras do autor. 


Na história, Christopher Robin (Ewan McGregor) já não é mais aquele jovem garoto que adorava embarcar em aventuras ao lado do Ursinho Pooh e outros adoráveis animais no Bosque dos 100 Acres. Agora um homem de negócios, ele cresceu e perdeu o rumo de sua vida, mas seus amigos de infância decidem embarcar no mundo real para ajudá-lo a se lembrar que aquele amável e divertido menino ainda existe em algum lugar. E com isso, ele se reaproximará de sua família: sua esposa Evelyn (Hayley Atwell) e a filha Madeline (Bronte Carmichael). 

Há pouco menos de um ano o universo já havia sido apresentado através do belíssimo  'Adeus, Christopher Robin' , que por não ter passado pelos cinemas no Brasil e nem ter sido alvo de campanhas de marketing não chegou ao grande público. Se o primeiro filme traz o relacionamento do pai (Alan Milne, o autor da obra)  com seu filho Christopher, este segundo retrata o próprio Christopher com sua família e as lembranças de infância que (como mostrado no filme anterior) são heranças de seu pai. Ambas narrativas precisam do lúdico para funcionar de forma orgânica para nós, espectadores, mas é certo que este novo longa aposte mais na fantasia do que no drama, traço bem marcante no longa de Simon Curtis lançado no ano passado. 

Apesar de parecer, o longa do diretor Marc Foster ('O Caçador de Pipas'-2008) não é exatamente um filme infantil - os personagens clássicos são empregados aqui com a função alegórica de trazer Robin de volta ao que realmente importava pra ele, e talvez ele nem tivesse se dado conta disso até então: sua essência - o cuidado e o carinho de sua família, e que é preciso parar e pensar como por vezes tocamos nossa vida de maneira tão automática que não nos damos conta do que (ou quem) está ao nosso redor. Em forma de aventura, o filme exalta a força da família e do sentimento fraterno , sempre deixado de lado em função da correria do dia a dia. 

No mais, não haveria como não destacar a parte técnica - numa reprodução de época riquíssima, e a fotografia, cuja beleza reside no contraste gerado entre as paletas acinzentadas e as cores e movimentos dos bichinhos felpudos. Vale ressaltar aqui uma curiosidade: o design do Ursinho Pooh e seus amigos são uma combinação de suas versões animadas da Disney - quando eles eram animais falantes - e das histórias infantis de A.A Milne - que os representavam como bichos de pelúcia.


Super Vale Ver !









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