PiTacO do PapO - 'Buscando' | 2018
NOTA 9.0
Por Rogério Machado
Um cursor pisca na tela, em seguida o menu iniciar do que provavelmente é um sistema operacional Windows 7 recebe um click e a história do trio protagonista de 'Buscando', que chegou ontem aos cinemas, é mostrada na tela através de vÃdeos e fotos que acompanham o crescimento da pequena Margot Kim, o drama pra vencer o Câncer de Pam , mãe de Margot, e a dedicação de David, o pai, para captar todos os momentos, felizes ou tristes. Sob a direção quase irrepreensÃvel do estreante Aneesh Chaganty, 'Buscando' é basicamente um drama, que passeia pelo suspense e ainda por cima deixa boas lições sobre relacionamento 'real x virtual' dentro do ambiente familiar.
Depois da apresentação da famÃlia Kim (o que não leva mais do que 5 minutos) a trama tem seu foco logo depois que, Margot (Michelle La), já com 16 anos e recém matriculada na faculdade de Biologia, desaparece aparentemente sem deixar vestÃgios. Seu pai, David Kim (John Cho), então busca pela ajuda das autoridades locais. Já se passaram 37 horas desde o desaparecimento e nenhuma pista foi encontrada, desesperado, David resolve procurar por mais informações no computador da sua filha, seguindo o seu rastro digital. Para isso ele contará com a ajuda da detetive Rosemary Vick (Debra Messing), uma exÃmia agente, com um curriculum invejável nesse tipo de problema.
Não sabendo por onde começar, sem conhecer um amigo de Margot, David se dá conta de que o único caminho é o virtual. Esse é outro problema, ele não tem muita intimidade com as redes sociais e sequer sabia com quem sua filha falava on line - percorre pelo Instagram, Facebook, chegando até a um vÃdeo cast, uma espécie de ambiente virtual, onde jovens compartilham o que faziam ao vivo - e é assim que ele começaria a desvendar sobre o que estava por trás do desaparecimento de sua única filha.
O roteiro de Shaganty em parceria com Sev Ohanian (que também produz o longa) não é exatamente novo e também flerta com clichês do gênero, mas o que faz de 'Buscando' um filme diferente é o formato - que trabalha a trama toda num ambiente virtual - e usa o recurso a seu favor, uma vez que a busca se faz através de telas do Google, chats, Facetime, câmeras no messenger, etc... e é isso que dá o ritmo, justifica o tÃtulo, e consequentemente nos leva à uma moral da história sobremaneira relevante. É bem verdade que tal formato já havia sido usado em outras produções, como no terror teen 'Amizade Desfeita' (2015), a diferença primordial entre as propostas é que, enquanto um se reafirma pelo roteiro, o outro é prejudicado por ele.
No mais, ponto para a parte gráfica, que mesmo na versão em português dá conta de detalhes mÃnimos como vÃdeos relacionados no You Tube , contatos de mensagens instantâneas e outros detalhes cybernétcos. Tudo representado com minúcias (em português) na tela e por trás da tela - que na verdade ajuda a narrar a história de maneira otimizada, e o melhor, sintoniza bem com a razão de existir do longa.
'Buscando', acima de tudo, se torna necessário pelo apelo social: 'Tudo depende de como usamos..' afirmou o cineasta em uma de suas entrevistas sobre a internet. Sabemos que ela pode ser usada para o bem e para o mal, e o longa nos ensina não somente que as redes e aplicativos tem seus pontos positivos, como também chama a atenção para um problema sério: o quanto sabemos sobre a vida virtual dos nossos filhos? Até onde é atenção excessiva e até onde é invasão de privacidade? Encontrar o equilÃbrio é sem dúvidas um caminho que ainda precisa ser percorrido.
Não sabendo por onde começar, sem conhecer um amigo de Margot, David se dá conta de que o único caminho é o virtual. Esse é outro problema, ele não tem muita intimidade com as redes sociais e sequer sabia com quem sua filha falava on line - percorre pelo Instagram, Facebook, chegando até a um vÃdeo cast, uma espécie de ambiente virtual, onde jovens compartilham o que faziam ao vivo - e é assim que ele começaria a desvendar sobre o que estava por trás do desaparecimento de sua única filha.
O roteiro de Shaganty em parceria com Sev Ohanian (que também produz o longa) não é exatamente novo e também flerta com clichês do gênero, mas o que faz de 'Buscando' um filme diferente é o formato - que trabalha a trama toda num ambiente virtual - e usa o recurso a seu favor, uma vez que a busca se faz através de telas do Google, chats, Facetime, câmeras no messenger, etc... e é isso que dá o ritmo, justifica o tÃtulo, e consequentemente nos leva à uma moral da história sobremaneira relevante. É bem verdade que tal formato já havia sido usado em outras produções, como no terror teen 'Amizade Desfeita' (2015), a diferença primordial entre as propostas é que, enquanto um se reafirma pelo roteiro, o outro é prejudicado por ele.
No mais, ponto para a parte gráfica, que mesmo na versão em português dá conta de detalhes mÃnimos como vÃdeos relacionados no You Tube , contatos de mensagens instantâneas e outros detalhes cybernétcos. Tudo representado com minúcias (em português) na tela e por trás da tela - que na verdade ajuda a narrar a história de maneira otimizada, e o melhor, sintoniza bem com a razão de existir do longa.
'Buscando', acima de tudo, se torna necessário pelo apelo social: 'Tudo depende de como usamos..' afirmou o cineasta em uma de suas entrevistas sobre a internet. Sabemos que ela pode ser usada para o bem e para o mal, e o longa nos ensina não somente que as redes e aplicativos tem seus pontos positivos, como também chama a atenção para um problema sério: o quanto sabemos sobre a vida virtual dos nossos filhos? Até onde é atenção excessiva e até onde é invasão de privacidade? Encontrar o equilÃbrio é sem dúvidas um caminho que ainda precisa ser percorrido.
Super Vale Ver !
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