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PiTacO do PapO - 'Jovens Titãs em Ação' | 2018

NOTA 8.0

Por Karina Massud @cinemassud


Crianças no cinema: se os olhinhos estão esbugalhados, hipnotizados pela tela e o silêncio se alterna às gargalhadas e gritos, você certamente está diante de um desenho que a criançada  está  amando! Foi o que aconteceu na sessão de “Jovens Titãs em Ação”, desenho derivado da série de mesmo nome lançada em 2013 que traz uma versão infanto-juvenil da Liga da Justiça.


O roteiro é bem simples e traz uma questão super atual que é o bullying e o resgate da autoestima. O Robin, coitadinho, que sempre foi desvalorizado e zoado no universo dos heróis por ser um simples ajudante do Batman agora é líder de seu próprio time de heróis: Ciborgue, Ravena, Estelar e Mutano. Eles não se levam muito a sério, levam tudo na zoeira mas mesmo assim combatem o crime com seus poderes e sonham em ter o seu próprio filme, o que parece ser bem mais difícil do que lutar contra os vilões. O sonho dourado do filme parece perdido quando aparece uma produtora de Hollywood disposta a realizá-lo, mas as coisas não são tão simples. O Menino Prodígio passa por maus bocados, é ridicularizado por ser um “menino de circo” sem poderes ou qualquer chamariz que o elevasse ao patamar de super herói de primeira linha; ele chora, se deprime e, talvez pela primeira vez na história, o público sente empatia por ele.

As piadas politicamente incorretas com pum, cocô e outras tontices não foram economizadas, o que é muito bacana. As referências pop também são muitas: Rei Leão, Pac Man, Mario Bros, Deadpool, Aquaman, os filmes dos outros heróis como Batman, Mulher Maravilha, Superman (o primeiro, de 1978) e tem até o Stan Lee fazendo suas icônicas participações apesar de não ser um filme da Marvel, sem medo de ser feliz !  A DC ri de si mesma: dos filmes que não deram muito certo, dos heróis que foram um fiasco de audiência, dos problemas que enfrentam nas produções e do ego monstruoso dos envolvidos - as alfinetadas são sutis mas sem dúvida rendem gargalhadas na ala adulta.

Não vá esperando traços como nos desenhos da Disney ou da Pixar, que atraem tantos adultos ( às vezes até mais) quanto crianças. O traço é bem simples e infantil mas não por isso ruim, a animação é excelente e as cores vibrantes. Há muita música altíssima, rap, dance, hip-hop, gritos e correira do começo ao fim, tudo pra deixar as crianças ligadíssimas e os adultos atordoados. A DC mirou o público infantil e acertou em cheio.


Vale Ver !


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