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PiTacO do PapO - 'Sidney Hall ' | 2018

NOTA 7.8

Por Rogério Machado 




Um trauma pode reverberar de várias maneiras na vida de alguém. Podemos usar um trauma para crescermos, para nos afundarmos mais ainda e tomarmos caminhos sem volta, ou para escrever um livro,  assim como fez  o protagonista nessa história que ainda segue sem título nacional e sem previsão de estreia oficial por aqui. 'The Vanishing of Sidney Hall' (ou simplesmente 'Sidney Hall') não chega a ser um grande filme como a premissa parecia assegurar, mas existem alguns aspectos que fazem do filme do diretor, ator e roteirista  Shawn Christensen resultar em um trabalho interessante. 


O longa acompanha o escritor Sidney Hall (Lerman) que, depois de publicar um best seller baseado na morte de um colega de escola, Brett Newport (Blake Jenner) alcança fama e sucesso à ponto de concorrer ao prêmio Pulitzer . A relação com sua namorada, Mellody (Elle Fanning) começa a ruir conforme as consequências do livro invadem a vida dos dois, até que Sidney desaparece sem deixar rastros. Quase uma década depois, um detetive, (vivido por Kyle Chandler) busca o autor, cujos livros estão conectados a uma série de incêndios misteriosos.

De narrativa não linear (formato que caiu bem pro longa) a trama mostra a vida do jovem Sidney em três fases: quando ele ainda era um jovem sonhador e não era compreendido pelos textos que mostrava nas aulas de redação. Em outro momento, quando o jovem já havia sido descoberto e  lançado o Best Seller que dá o norte da trama, e mais tarde, quando ele totalmente irreconhecível e sujo , vaga ao ermo levando uma mochila e um cão pela mão. A sacada de construir a história dessa forma é o que acaba salvando o filme, já que o ritmo da narrativa é bem descompassado.  

O bom trabalho dos atores também passa a ser um atrativo para quem não se importa com o ritmo lento. Lerman e Fanning, dois excepcionais atores da nova geração, são  realmente o que o longa tem de melhor. A surpresa final, que não deixa de ser chocante, não cai bem pois soa nitidamente como uma 'forçação de barra' para levar a um desfecho bem previsível. Mas como eu disse no início, a forma não linear acaba por ser salutar e provoca envolvimento até no espectador mais desligado. Peca na reta final, mas num todo o filme sai com saldo positivo. 


Vale Ver !



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