PiTacO do PapO - 'Estás Me Matando Susana' | 2018
NOTA 8.0
Por Rogério Machado
Ah se todo relacionamento, ou o intervalo entre as idas e vindas dele, fosse tão divertido como o de Eligio e Susana... sobra imaturidade, falta amor próprio, mas é leve, fugaz e intenso.. tudo ao mesmo tempo agora! 'Estás Me Matando Susana' , que estreou nessa última quinta feira com tímida distribuição nos cinemas brasileiros, retrata as agruras de um casal em crise, mas que paradoxalmente se unem mais a cada novo obstáculo que surge por culpa unica e exclusivamente da irresponsabilidade de cada um deles.
Nessa comédia romântica, Gael García Bernal é Elígio , que acorda em uma manhã e descobre que sua esposa Susana (Verónica Echegui) o deixou sem dizer uma palavra sobre seus motivos ou paradeiro. Ele decide embarcar em uma viagem da Cidade do México até uma universidade de Iowa, nos Estados Unidos, para lutar pela mulher que ama. Ao chegar, ele descobre que ela parece ter seguido em frente com sua vida, mas Eligio resolve usar seu charme para reconquistá-la enquanto enfrenta as dificuldades de um lugar estrangeiro.
Baseado na obra literária homônima de José Agustín, o roteiro de Roberto Sneider em parceria com Luis Camara, concentra suas forças na comédia, que surpreendentemente apresenta o talentoso García Bernal com uma veia cômica bastante incomum, já que estamos acostumados à vê-lo em dramas ou filmes mais sérios. Eligio, um ator que só tem pego papéis de quinta categoria, é um personagem volúvel, imaturo e ao mesmo tempo adorável. Seu jeito atrapalhado se contrapõe aos traços discretos e misteriosos da Susana do título, uma escritora bem sucedida que está prestes a ganhar um prêmio literário. O resultado é uma trama que de cara ganha o espectador pela boa sintonia que essa mistura inusitada provoca.
Baseado na obra literária homônima de José Agustín, o roteiro de Roberto Sneider em parceria com Luis Camara, concentra suas forças na comédia, que surpreendentemente apresenta o talentoso García Bernal com uma veia cômica bastante incomum, já que estamos acostumados à vê-lo em dramas ou filmes mais sérios. Eligio, um ator que só tem pego papéis de quinta categoria, é um personagem volúvel, imaturo e ao mesmo tempo adorável. Seu jeito atrapalhado se contrapõe aos traços discretos e misteriosos da Susana do título, uma escritora bem sucedida que está prestes a ganhar um prêmio literário. O resultado é uma trama que de cara ganha o espectador pela boa sintonia que essa mistura inusitada provoca.
É certo afirmar que, se o longa fosse concebido a partir da perspectiva de Susana, a narrativa seria sobre uma mulher que não aguentou mais lidar com a maneira imatura com a qual o marido encarava a vida e decidiu correr atrás do sonho, mas se deparou com uma visita dele sem o menor aviso e ficou em dúvida se lhe daria uma nova chance ou pediria uma ordem de restrição por causa do comportamento descompensado dele. Todavia, como o argumento é de acordo com a trajetória dele, as atitudes insanas do rapaz são encaradas com verniz bem-humorado, e esse, repito, é o pulo do gato dessa comédia que diverte sem fazer força. Tudo que a gente precisa em tempos tão sisudos e caretas.
Vale Ver !
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