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PiTacO do PapO - 'O Grinch' | 2018

NOTA 9.0

Por Karina Massud @cinemassud 


Natal não se resume a presentes, enfeites, comilança e consumo desenfreado, o espírito natalino é bem mais que isso. É amor, solidariedade, calor humano que derrete até o mais gelado e minúsculo dos corações. Bem, eu inverti a ordem do texto sobre a animação “O Grinch” e comecei pela mensagem que ela passa pro público, que foi mostrada de maneira tão bonita e delicada que me tocou junto com o público infantil.



Baseado no conto do Dr. Seuss “Como o Grinch Roubou o Natal”, “O Grinch” é a história de uma criaturinha verde e peluda, peluda tanto na aparência quanto no coração que detesta o Natal. Sua infância no orfanato foi tão solitária e triste que seu coração foi diminuindo e ele se tornou uma pessoa rabugenta, depressiva e amarga, que não é feliz e por isso não admite que ninguém mais o seja. A época de Natal é a pior do ano pois traz as lembranças da infância triste, então ele hiberna em sua casa no topo da montanha junto do seu cachorro Max que, ao contrário do dono, é feliz e saltitante. Um dia a comida acaba e o Grinch precisa descer até a vila pra fazer compras, é aí que tem a ideia de destruir o Natal dos moradores (que promete ser o maior de todos os tempos) roubando tudo, enfeites, árvores e a ceia das casas.

O estúdio Illumination (o mesmo que produziu “Meu Malvado Favorito”, “A Vida Secreta dos Pets” e “Minions”) caprichou nas cores e detalhes da cidade de Quemlândia : tudo muito colorido e deliciosamente excessivo, penduricalhos, doces, brinquedos, árvores e casas iluminadas em meio a neve. Os personagens são todos muito fofos e suas personalidades e evolução bem visíveis e gostosas de acompanhar ao longo da trama: o cachorrinho Max, que é amigo e diria que quase escravo do Grinch; Fred, a rena gorducha, dócil e de franjas e a menininha espevitada Cindy Lou, que bola um plano pra capturar o Papai Noel e assim ajudar sua mega atarefada mãe. E finalmente nosso protagonista o carismático Grinch, que abre o filme se lamentando da vida, tocando músicas melancólicas no órgão e se empanturrando de comida, mas devagar vai tendo seu coração inflado pela bondade e compreensão das pessoas e a cada maldade/maquinação ele vai titubeando e repensando seus motivos e amarguras. 

Cabe aqui uma rápida comparação com o filme live-action do Grinch (de 2000 do diretor Ron Howard): nele o personagem vivido por Jim Carrey é bem mais ácido e adulto que nesse do desenho, onde sua vilania é divertida, leve, e o sarcasmo feito para crianças.  Um desenho bonito, alto astral e que te faz sorrir.

Super Vale Ver !




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