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Especial: 'Os 25 Melhores Filmes de 2018'

Tradicionalmente, pra todo cinéfilo ou pra quem lida diretamente com cinema , o ano começa com as indicações do Globo de Ouro e Oscar (maiores eventos do meio) que acontecem logo nos primeiros meses do ano. E pra encerrar esse período de 365 dias, o frisson também é o mesmo, já que as famosas listas de melhores filmes que povoaram as telas e mais recentemente o streaming, sempre pipocam aqui e ali. 



A turma da Cinemateca que não é boba nem nada e não dorme na poltrona da sala escura , tratou logo de fazer aquela mesa redonda virtual para eleger as 25 melhores produções entre blockbusters , filmes de arte, animação, e claro, o nosso cinema nacional. Os redatores Rogério Machado, Karina Massud, Vinícius Martins, William Weck e Rafael Yonamine sofreram por ter que limar algumas produções, pois no final das contas cada um só poderia escolher cinco filmes que mais amaram no ano. Algumas boas produções infelizmente ficaram de fora, mas sabemos que nem sempre é possível sair ganhando em tudo. 

Lembramos que, como sempre, a numeração dos filmes não teem a ver com  a relevância deles, e sim pra cumprir uma ordem natural. Então é isso, a lista está aí! Confira e veja o que realmente valeu a pena em se tratando de audiovisual no ano de 2018, e corra atrás para colocar sua listinha em dia.  Até o dezembro do ano que vem! 


1 - A Morte de Stalin | Armando Lannucci


Há quem se engane e tome a ‘A Morte de Stalin’ como sendo um docudrama, mas não, o filme se trata de uma sátira ao contexto político regido na década de 50 na União Soviética. Diante dos mistérios, mitos e suposições acerca da morte de Stalin, o filme consegue ser hilário e bastante fiel aos fatos estudados, dispondo de personagens também fidedignos. O tom jocoso e autêntico concilia a narrativa com perfeição extraindo ótimas tiradas, como também expondo os horrores do regime totalitário.. (Leia mais)

2 - Ilha dos Cachorros | Wes Anderson 


'Ilha dos Cachorros', novo filme do sempre celebrado Wes Anderson, é uma animação em stop-motion. Sim, aquela em que os personagens e componentes são feitos de materiais reais, como madeira e até massinha de modelagem, e depois são fotografados quadro a quadro, dando a impressão de movimento. Só pelas minúcias no que diz respeito à parte técnica ou ao formato, já dava pra dizer que estamos diante de uma nova obra prima do cineasta - que nos deu presentes como 'Moonrise Kingdom' (2012) e 'O Grande Hotel Budapeste' (2014) - mas não, (thank god!) o filme de temática altamente sociopolítica vestido com a inocência de uma animação, extrapola aos apuros técnicos.. (Leia mais) 

3 - A Balada de Buster Scruggs | Joel & Ethan Coen 


Os Irmãos Coen tem um estilo bem próprio e fazem filmes que costumam dividir opiniões ao extremo: ou você os ama ou os odeia. “A Balada de Buster Scruggs” (produção em parceria com a Netflix) certamente irá se enquadrar na primeira categoria pois é impossível não gostar de pelo menos um dos contos dessa coletânea sobre o Velho Oeste americano que têm um denominador em comum: a morte e o quão ridícula é nossa mortalidade....(Leia mais)

4 - O Conto | Jennifer Fox


Destaque no Festival de Sundance de 2018, “The Tale” relata um caso de abuso sexual e o faz-de-conta sobre ele criado, no caso o da própria diretora e roteirista Jennifer Fox. A cineasta, que já é tarimbada em documentários, certamente atingiu seu ápice nessa cinebio catártica, se expondo e remoendo sem medo essa enorme ferida... (Leia mais)

5 - Três Anúncios para um Crime | Martin McDonagh


Escrito e dirigido por Martin McDonagh, o filme tem sua fortaleza centrada especialmente no roteiro: o texto é tão violento quanto a ação, que não cede à um cinema de facilidades e não oferece respostas rápidas. Por ser construído de forma tão densa e cruel, a imersão já acontece desde os primeiros minutos, se aprofunda a cada frame, e quando o desfecho se aproxima, já estamos totalmente tomados por essa saga de disseminação de ódio...(Leia mais)

6 - O Animal Cordial | Gabriela Amaral Almeida 



Impregnado de ironia e violência gráfica, 'O Animal Cordial', além das memoráveis performances de Luciana Paes e Murilo Benício (esse totalmente irreconhecível, vestido de uma crueldade incomum, com um timing para o suspense raramente visto no nosso cinema), também se destaca pela maneira como usa a trilha sonora: não espere heavy metal só por se tratar de um longa que bebe das fontes do trash... (Leia mais)

7 - Nasce Uma Estrela | Bradley Cooper 



Em uma visão fechada, é perfeitamente possível classificar 'Nasce Uma Estrela’ como um musical. Há canções que migram do folk ao pop eletrônico, passando pela raiz do bom e velho rock. Já em uma visão mais aberta, ampla o suficiente para descamar a dupla de protagonistas, é cabível etiquetar mais meia dúzia de gêneros à produção dirigida por Bradley Cooper: romance, drama, cult, roadtrip, com uma pitada noir e inclusive aspectos momentâneos de documentário, uma vez que muitas tomadas remetem ao visual de arquivos gravados em shows para aparecer no making-off do DVD de alguém famoso.... (Leia mais)

8 - A Festa | Sally Potter 


Não há como não comparar 'A Festa' com 'Deus da Carnificina' - filme de Roman Polanski de 2012 - não somente por explorar o caus da humanidade apenas entre quatro paredes, mas pela verborragia inquisitória entre os presentes na sala. Misturando suavemente política ao tempero, o longa de Potter também ganha um tom deliciosamente crítico à sociedade britânica moderna, potencializado pela fotografia em preto e branco de Aleksei Rodionov... (Leia mais)

9 - Vingadores - Guerra Infinita | Anthony Russo & Joe Russo


Há um trecho no trailer de 'Vingadores: Guerra Infinita’ em que Thanos diz procurar o equilíbrio perfeito do universo. Os diretores Joe e Anthony Russo pegaram esse mesmo conceito de balança e o aplicaram dentro do filme que, pode-se dizer, é a primeira parte do ápice do universo de filmes da Marvel. O filme é um exemplo de equilíbrio, intercalando em si mesmo um leque de gêneros levando o público a acreditar que tudo é uma coisa única.... (Leia mais)

10 - Halloween | David Gordon Green



O traço mais marcante do filme original, sem dúvida, é a trilha sonora que entra em cena com a intenção descarada de conduzir a emoção para a ansiedade, sem tentar ser sutil ou discreta, e que retorna aqui com a mesma função mas sem pesar tanto a mão. A música está lá, claro, mas o suspense é explorado também através de outras vertentes - coisa que 'Halloween' sabe fazer muito bem... (Leia mais)

11 - 120 Batimentos por Minuto | Robin Campillo 



Campillo não escolhe caminhos fáceis para o espectador, o filme é um soco no estômago: até nos momentos mais descontraídos ,que se passam numa boate com muita música eletrônica com aquele 'baticum' super anos noventa, a câmera se concentra em closes , as luzes são quase inexistentes, não há euforia. Todos vivem ali sob uma pressão muito grande, não só por ter que conviver com a doença, mas pela responsabilidade que assumiram em bater de frente com as grandes entidades que na época pareciam se manter indiferentes às mortes que vinham acontecendo aos montes... (Leia mais)

12- Viva - A Vida é uma Festa | Lee Unkrich



‘Viva - A Vida é uma Festa’ é uma ode ao desejo da nossa infância sobre o que queríamos para o futuro, de quando planejávamos ser bombeiros, médicos ou astronautas, e ao remetente memorial de quem tornou nossa vida possível. É um filme que abraça o velho olhando para o novo, e tudo está conectado de alguma forma...(Leia mais)

13 - Bohemian Rhapsody | Bryan Singer



'Bohemian Rhapsody' , umas das mais icônicas canções da banda, é que dá o título da cinebio de Mercury. À frente da difícil tarefa de encarnar a estrela, Rami Malek , um jovem ator americano de 37 anos que tem poucos trabalhos no curriculum, como a série nominada no Emmy, Mr Robot, e o recente remake de 'Papillon', ainda em cartaz em alguns cinemas... (Leia mais)

14 - O Insulto | Ziad Doueiri


A trama de 'O Insulto', indicado ao Oscar de Filme Estrangeiro que estreia oficialmente essa semana no Brasil , poderia ser somente mais uma história de ofensas gratuitas e mágoas como tantas outras, mas, pelo retrospecto político-social dos países envolvidos nesse 'esbarrão mirabolante do destino', o drama se torna uma grande guerra onde dificilmente o espectador assumirá um lado - essa é uma das grandes sacadas do filme que tem a direção de Ziad Doueiri e roteiro em parceria com Joëlle Touma, sua esposa... (Leia mais)

15 - Me Chame Pelo seu Nome | Luca Guadagnino



Com irretocável ambientação, a boa química dos protagonistas e a direção irrepreensível de Guadagnino ,o filme é com toda certeza, um dos grandes filmes do ano. Uma história de gênero e genérica ao mesmo tempo, mas não na conotação pejorativa, muito pelo contrário. O filme ainda tem toque brasileiro:  a produção é do paulista Rodrigo Teixeira... (Leia mais)

16 - Benzinho | Gustavo Pizzi



Se há um grande atributo em 'Benzinho', de Gustavo Pizzi,  filme que rodou por vários festivais internacionais, entre eles Sundance e Rotterdam desse ano, e acaba de chegar ao cinemas brasileiros, esse seria lançar um olhar grandioso e delicado no cotidiano simples e problemático de uma família que poderia ser a minha, a sua , ou de qualquer um próximo à você. Certamente, encontrar beleza em trivialidades é a mensagem principal do longa que é acompanhado pela sensível ótica materna... (Leia mais)  

17 - Pantera Negra | Ryan Coogler



Podemos dizer que ‘Pantera Negra’ reflete o mundo de hoje com a beleza da poesia ritmada das batidas africanas. O sotaque típico (recomendo que o filme seja assistido legendado) é um charme a mais, mostrando quão rico foi o trabalho da produção em querer legitimar seu país que poderia existir na realidade. No que se diz cinema afro, esse é um passo enorme dado no quesito igualdade. Não lembremos de ‘Pantera Negra’ como “aquele filme maneiro dos negros”, mas sim como “aquele filme maneiro da Marvel”... (Leia mais) 

18 - Um Lugar Silencioso | John Krasinski 



A trama poderia ser complexa, com uma grande metrópole como cenário, mas ao invés disso decide se fazer simples limitando-se na rotina de uma família fazendeira. Após um surto (alienígena, aparentemente), eles ficam isolados do restante do mundo e tentam sobreviver ao seu modo, fazendo o mínimo de barulho possível para não acabar atraindo as criaturas monstruosas que dominam o planeta – criaturas essas que são cegas e localizam suas presas através do som... (Leia mais)

19 - O Retorno de Mary Poppins |  Rob Marshall




O filme do cineasta Rob Marshall não é um remake ou algo do tipo, a produção é exatamente uma continuação do filme de 1964 estrelado por Julie Andrews. Mantem-se muitos dos personagens, mas claro, trocam-se seus interpretes... que risco! Como substituir Mrs Andrews à altura? A boa notícia é que Emily Blunt cumpre a tarefa com aparente tranquilidade. Pra quem conhece o longa original sabe que o forte na personalidade de Poppins são as caras e bocas, os trejeitos levíssimos e o sorriso discreto, quase misterioso, e isso Blunt reproduz com fidelidade... (Leia mais)

20 - Culpa | Gustav Möller



O roteiro é incrível. Consegue propor e executar arcos com uma qualidade desproporcional a escassez de insumos. A trama em si, não é apenas elegantemente dinâmica, mas faz jus a um bom suspense e distancia-se com propriedade do óbvio. A construção do personagem de Asger é primorosa: evolui com o desenrolar do caso com uma sucessão precisa de incorporação de elementos dramáticos baseados na empatia... (Leia Mais)

21 - Aquaman | James Wan


A ação da trama é insana, cenas absurdamente rápidas de perseguições, lutas muito bem coreografadas e efeitos especiais incríveis. O figuro é precioso: roupas metalizadas coladas nos corpos perfeitos, translúcidas feitas de águas vivas e outros seres aquáticos, escamas e bordados de alta costura. A trilha sonora é arrebatadora e  fundamental para o clima de ação non-stop do filme; temos desde a trilha original poderosa de Rupert Gregson-Williams a músicas de Depeche Mode, Rage Against The Machine, Skylar Grey, White Stripes, Sigur Rós...uma seleção épica e muito bem colocada em cada cena... (Leia mais)

22 - Roma | Alfonso Cuarón 



Tecnicamente primoroso, Cuarón encontra nas movimentações laterais de câmera e rotações centradas o apoio de recursos cinematográficos para acentuar o caráter investigativo e de compreensão de ambiente. A fotografia, que tem o inigualável charme do preto e branco, é tratada com igual competência... (Leia mais)

23 - As Boas Maneiras | Juliana Rojas & Marco Dutra



Vestido das mais variadas referências, como os musicais da Disney por exemplo, a espinha dorsal de 'As Boas Maneiras' é mesmo o cinema de horror, mas não propriamente com o intuito de dar sustos ou causar arrepios. O toque conceitual na roupagem dada ao filme, - desde a fotografia (do grande Rui Poças) ou o modo colorido como a cidade de São Paulo é retratada, até à produção de arte ou ainda as músicas usadas no filme.. (Leia mais) 

24 - Cafarnaum | Nadine Labaki


A diretora Nadine Labaki não se limita a uma oferta rasa e convencional de dramas sociais. A habilidade em imprimir dinamismo na narrativa com vasta variedade de elementos congruentes centra o público nas privações de moradores de subúrbios. O resultado imediato é a geração de empatia genuína... (Leia mais)


25 - Guerra Fria | PaweÅ‚ Pawlikowski



Seguindo os moldes da cinematografia de seu último projeto em ‘Ida’, o cineasta Pawel Pawlikowski repete o preto e branco, além da proporção 4:3, tornando a película com um aspecto mais quadrado. O resultado é deslumbrante! Transportando o espectador ao clima da década de 50, cada frame é um wallpaper, onde a fotografia invade a tela nos fortes contrastes de luz e sombra concedendo as mais belas imagens das apresentações dos personagens, do casal, dos cenários quase barrocos artisticamente com enquadramentos bem elaborados reforçando a narrativa... (Leia mais) 
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* Os filmes 'Guerra Fria' e 'Cafarnaum' , presentes na Mostra de São Paulo e no Festival do Rio esse ano, ainda não estrearam comercialmente no país, mas dada a importância deles para nossos colaboradores, incluímos na lista de 2018. Vale lembrar que segundo a redação do Papo, em geral, só entram na seleção filmes que estrearam oficialmente no Brasil dentro do ano em que a lista vai ao ar. 

👉 Colaboraram :  Karina Massud,  Vinícius Martins, William Weck, Rafael Yonamine & Rogério Machado

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