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PiTacO do PapO - 'Aos 14' | 2016

NOTA 6.8

Reflexos da adolescência 

Por Rogério Machado

'Aos 14 Anos', que até então seguia inédito no Brasil, quebrou o protocolo de distribuição com a Primeira Mostra Vive Le Cinema Francês em cartaz no Reserva Cultural em Niterói e São Paulo. O filme da diretora e roteirista Helène Zimmer apresenta um texto sem 'papas na língua' ao retratar o dia a dia de três meninas que estão entrando na adolescência. A cineasta escolhe o ambiente escolar para expurgar os demônios de uma vida familiar conturbada e é na escola onde os maiores transtornos sociais ocorrem. 


O longa se passa durante o último ano da escola secundária, descobrimos os segredos, provações e angústias de três adolescentes: Sarah (Athalia Routier), Louise (Najaa Bensaid) e Jade (Galatéa Bellugi). Passando por esse momento inevitável, as melhores amigas lidam com o tormento adolescente de encontrar seu lugar e lidar com as mudanças inevitáveis com as quais precisam viver para crescer e vencer essa fase da vida.

A narrativa se apresenta durante as quatro estações do ano: Outono, Inverno , Primavera e Verão. Nessas estações, que são apresentadas como capítulos, a vida particular de cada garota vai sendo mostrada individualmente se intercalando com festas ou momentos na sala de aula. É interessante notar que no fim das contas, elas possuem um drama em comum: não só a ausência paterna como os embates costumeiros com suas respectivas mães. O comportamento de cada uma delas fora de casa é um reflexo do que elas vivem em seus lares. Umas mais, outras menos, mas o modo de agir e reagir dessas meninas poderia ser interpretado como autodefesa. 

Contudo, mesmo tendo tando a dizer, o filme não aprofunda na relação das filhas com suas mães, além do certo incômodo do filme se ater somente às festas, nas conversas no pátio da escola e na sala de aula. O trio de jovens atrizes também não mostra todo potencial dramático que a narrativa exige. Não se trata de um filme que fará diferença em se tratando de dramas juvenis; existem muitas histórias que abraçam melhor a transição entre a puberdade e adolescência. 


Vale Ver Mas Nem Tanto!


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