PiTacO do PapO - 'Como Superar um Fora' | 2018
NOTA 7.5
Por Karina Massud @cinemassud
Se vc está a fim de assistir uma comédia pipoca, tipo Sessão da Tarde mas tá perdido no catálogo da Netflix, agora não está mais! “Como Superar um Fora” é uma boa surpresa pra quem procura um filminho leve pra rir e se sentir bem.
Todo mundo já levou um fora, um pé na bunda! A protagonista Maria Fe, depois de um namoro de 6 anos e do namorado ter se mudado do Peru para a Espanha, é despachada por ele e ainda por cima via Skype! A primeira coisa que ela faz é encher a cara de tequila, se entupir de carboidrato e chocolate. E claro, pegar o celular e enviar infinitas mensagens pro ex destilando todo o seu inconformismo, raiva e rastejando pra reatar. Ela tenta se distrair fazendo coisas que não tem nada a ver com ela, como aula de pole dancing ou jogar xadrez com os aposentados, mas tudo é sondado pela alucinação do falecido dando pitacos em sua vida. Aà suas amigas dão a brilhante ideia dela executar um sonho antigo: escrever um blog, e eis que surge o diário online “Solteira Cobiçada”, que faz o maior sucesso porque a mulherada se identifica com os dramas, conselhos e sugestões dados nele.
A princÃpio você pode achar que se trata de mais um filme de mulher com dor de cotovelo como centenas que são lançados todos os anos, mas não, a produção da Netflix peruana traz vários clichês de comédia romântica mas desenvolvidos de forma leve e moderna. O elenco todo é muito bom, em especial a protagonista e suas amigas, uma workaholic que se recusa a amar, uma bicho-grilo esotérica, e o amigo-homem-hétero mais bacana que elas conhecem. Há muitas referências atuais, Tinder, Skype, espaço de co-working, anúncios publicitários, Apple e conversas via Whats ilustrando as cenas. O visual do filme é bem colorido e até as cenas de fossa e dor de cotovelo são alegres e dinâmicas, não tem espaço para chorumelas!
É um longa que tem como público alvo obviamente as mulheres, com seus dramas de relacionamento e profissionais, sobre a amizade e solidariedade feminina ( sim ela existe, hahaha) e traz uma reflexão que parece antiga mas ainda é super atual: como muitas mulheres, apesar de independentes e empoderadas, ainda se anulam em prol de uma relação, o que torna um rompimento dificÃlimo, pois não existe vida e objetivos próprios.
Vale Ver !
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