PiTacO do PapO - 'Sai de Baixo - O Filme' | 2019
NOTA 6.5
Por Rogério Machado
'Sai de Baixo' reinaugurou uma era em 1996 trazendo de volta o formato conhecido como Sitcom - um tipo de programa que geralmente se norteia na comédia, e numa pegada bem teatral. No caso do programa que marcou época dirigido pelo saudoso Daniel Filho, a ousadia era ainda maior já que a atração era gravada com plateia e poucos cortes - aproveitava-se até os erros, esses muito bem vindos no roteiro repleto de gags ,bordões e personagens marcantes que ecoam no imaginário popular quando pensamos em humor. Poucos programas tiveram tanto êxito na grade Global. Eis que depois de mais 15 anos do adeus nas telas, 'Sai de Baixo - O Filme vem para as telonas na tentativa de resgatar o humor orgânico e descompromissado que marcou a caminhada da atração durante seis anos.
Na trama, depois de uma longa temporada na prisão, Caco Antibes (Miguel Falabella) volta ao Largo do Arouche para descobrir que todos estão mais falidos do que nunca. A famÃlia foi despejada do apartamento e, como se não bastasse, está morando de favor com o porteiro Ribamar (Tom Cavalcante). Como algumas coisas nunca mudam, não demorou muito até Caco meter a famÃlia inteira em uma nova roubada. Ao lado de Magda (Marisa Orth), Ribamar, Vavá (Luis Gustavo), Cassandra (Aracy Balabanian) e Cibalena (Cacau Protásio), o trambique dessa vez será a nÃvel internacional e ninguém vai querer ficar de fora desse esquema milionário.
'Sai de Baixo - O Filme' tenta se encaixar no formato de humor feito na atualidade ao mesmo tempo que requenta piadas e se apoia nos bordões que já não parecem ter a mesma força que tinham há mais de uma década atrás. Mesmo lançando mão das novas caras do humor (Cacau Protásio e Katiuscia Canoro), principalmente na segunda parte, a comédia não engrena e se torna apenas mais uma produção que se esforça para entreter. Existem referências sarcásticas que tiram sarro dos polÃticos, Magda tomando o discurso do empoderamento feminino ao não aceitar o famoso 'cala a boca, Magda!' e o deboche com as próprias piadas, detalhe esse que funciona em determinados momentos , mas em outros chega a causar constrangimento.
A frente da direção, Cris D'Amato (que tem grandes sucessos de bilheteria no currÃculo como 'Mulheres ao Mar 1 e 2' e 'Linda de Morrer') erra justamente na ação do longa : o filme consegue manter a alma do programa na primeira metade, quando estamos ainda dentro do apartamento do Largo do Arouche, porém, quando o ônibus da Vava Tur pega a estrada, o riso afrouxa e o que se vê são sequências desinteressantes de um 'rodie movie' capenga. Jogar as câmeras para além das paredes do Arouche Tower parece não ter sido uma boa ideia, mas há que se valorizar a nostalgia reacendida de uma época que o humor não precisava ser tão rebuscado para se fazer engraçado.
Vale Ver Mas Nem Tanto!
'Sai de Baixo - O Filme' tenta se encaixar no formato de humor feito na atualidade ao mesmo tempo que requenta piadas e se apoia nos bordões que já não parecem ter a mesma força que tinham há mais de uma década atrás. Mesmo lançando mão das novas caras do humor (Cacau Protásio e Katiuscia Canoro), principalmente na segunda parte, a comédia não engrena e se torna apenas mais uma produção que se esforça para entreter. Existem referências sarcásticas que tiram sarro dos polÃticos, Magda tomando o discurso do empoderamento feminino ao não aceitar o famoso 'cala a boca, Magda!' e o deboche com as próprias piadas, detalhe esse que funciona em determinados momentos , mas em outros chega a causar constrangimento.
A frente da direção, Cris D'Amato (que tem grandes sucessos de bilheteria no currÃculo como 'Mulheres ao Mar 1 e 2' e 'Linda de Morrer') erra justamente na ação do longa : o filme consegue manter a alma do programa na primeira metade, quando estamos ainda dentro do apartamento do Largo do Arouche, porém, quando o ônibus da Vava Tur pega a estrada, o riso afrouxa e o que se vê são sequências desinteressantes de um 'rodie movie' capenga. Jogar as câmeras para além das paredes do Arouche Tower parece não ter sido uma boa ideia, mas há que se valorizar a nostalgia reacendida de uma época que o humor não precisava ser tão rebuscado para se fazer engraçado.
Vale Ver Mas Nem Tanto!
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