PiTacO do PapO - 'All Summers End' | 2018
NOTA 6.8
Por Rogério Machado
A culpa, o medo e a indiferença podem estar mais próximos do que imaginamos em se tratando de 'All Summers End', filme do diretor Kyle Wilamowski que segue sem previsão de lançamento no Brasil, mas que possivelmente deve chegar diretamente no streaming por aqui. Tendo como pano de fundo a descoberta do amor e do sexo na adolescência, o filme apresenta o amadurecimento torto de uma turma de meninos causado por um momento inesperado e fatÃdico na vida até então tranquila deles.
Na história seremos apresentados à Conrad (Tye Sheridan) , um jovem tÃmido e inquieto que vive com a mãe e está sempre aprontando pela vizinhança onde mora. Ele conhece Grace (Kaitlyn Dever) e acaba se apaixonando por ela. Ao mesmo tempo em que descobre o primeiro amor, terá que lidar com o sentimento de culpa por ter sido, de certa forma, responsável pela morte acidental do irmão mais velho de sua primeira namorada.
Ao apresentar esse dilema de culpa já nos primeiros minutos do filme, a diretora aproveita para não só mostrar a descoberta desse primeiro amor como também abordar os problemas de convÃvio do garoto Conrad com a mãe. Porém, mesmo supondo que a raiz desse problema seja a ausência de um pai, o roteiro não se esforça em trabalhar melhor as razões da distância entre mãe e filho. Os diálogos são rasos e os personagens não têm muito tempo juntos para convencer o espectador da verosimilhança daquela relação. Falta aà uma melhor abordagem do interior desse lar para então partir para todos os desconfortos na vida 'além casa' desse jovem.
Perde-se também, na trama central, a chance de abraçar melhor o martÃrio da culpa e explorar possibilidades advindas desse trágico evento. Portanto, nem o romance chega no público, nem a porção dramática com toques de suspense mobiliza a plateia para se importar com o futuro desses personagens que estão descobrindo sobre vida, amor e responsabilidades. Contudo, como em quase todo filme juvenil, o cineasta não perde a chance de nos fazer refletir sobre erros do passado e acertos de conta no presente, não chega a surtir muito efeito, mas pode interessar aos mais sensÃveis.
Vale Ver Mas Nem Tanto !
Vale Ver Mas Nem Tanto !
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