PiTacO do PapO - 'Um Garoto como Jake' | 2018
NOTA 7.0
Por Rogério Machado
Lidar com a transexualidade na certa não é uma tarefa fácil. Como entender na prática como funciona, como se dá esse processo, como reagir ou agir com pessoas próximas quando a questão é essa? O fator complicador em 'Um Garoto Como Jake', longa sem previsão de estreia no Brasil, é que estamos falando de uma criança que é filho único de um jovem casal, que claro, não sabe lidar com os gostos 'diferentes' dele - como a mania de gostar de trajes femininos e ter adoração pelas princesas da Disney.
Na história conheceremos Alex (Claire Danes) e Greg Wheeler (Jim Parsons). O casal têm grandes expectativas para seu filho Jake (Leo James Davis), um brilhante e precoce filho de quatro anos que prefere Cinderela à brincadeiras de pirata. Na véspera do ciclo de admissão para os jardins de infância de Nova York, ciente de que os pais de Jake não poderiam pagar a taxa de matrÃcula da escola privada, Judy (Octavia Spencer), diretora da pré-escola do menino, encoraja-os a acentuar a expressão "variante de gênero" de Jake para que ele se destacasse e conseguisse uma bolsa de estudos.
À frente da direção, Silas Howard, um profissional que também é transexual e poderia como ninguém transpor para a tela aquele processo difÃcil pelo qual passava aquele jovem casal. Mas, infelizmente, nem pelo fato de ter conhecimento próprio de causa, o cineasta teve êxito. Talvez pelo fato de não explorar o olhar da criança na narrativa. O desenvolvimento se prende excessivamente na preocupação dos pais em conseguir uma vaga na escola e não nas necessidades da criança, ou ainda procurar entender aquele processo. É natural que a negação seja um fator comum, mas o roteiro perde a chance de desenvolver melhor o tema que pretendia abraçar.
Apesar de perder a chance de dar um recado mais contundente, e porque não dizer até mais didático num tema que ainda causa estranheza na grande maioria do público, o longa tem uma sequência final emocionante ente Parsons e Danes onde verdades são ditas e , naquele contexto, é notada a emoção e a verdade desses personagens que ainda estão tentando acertar e têm boa vontade para isso. O longa peca no compromisso com o tema abordado, mas tem poesia... e ela acaba salvando boa parte do longa.
Vale Ver !
À frente da direção, Silas Howard, um profissional que também é transexual e poderia como ninguém transpor para a tela aquele processo difÃcil pelo qual passava aquele jovem casal. Mas, infelizmente, nem pelo fato de ter conhecimento próprio de causa, o cineasta teve êxito. Talvez pelo fato de não explorar o olhar da criança na narrativa. O desenvolvimento se prende excessivamente na preocupação dos pais em conseguir uma vaga na escola e não nas necessidades da criança, ou ainda procurar entender aquele processo. É natural que a negação seja um fator comum, mas o roteiro perde a chance de desenvolver melhor o tema que pretendia abraçar.
Apesar de perder a chance de dar um recado mais contundente, e porque não dizer até mais didático num tema que ainda causa estranheza na grande maioria do público, o longa tem uma sequência final emocionante ente Parsons e Danes onde verdades são ditas e , naquele contexto, é notada a emoção e a verdade desses personagens que ainda estão tentando acertar e têm boa vontade para isso. O longa peca no compromisso com o tema abordado, mas tem poesia... e ela acaba salvando boa parte do longa.
Vale Ver !
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