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PiTacO do PapO - 'Galveston' | 2019

NOTA 7.5

Por Karina Massud @cinemassud 


Qual não foi a minha surpresa e alegria quando ao assistir “Galveston”, me deparo com o nome da diretora: Mélanie Laurent, atriz e roteirista francesa conhecida do grande público pelo papel icônico de Shoshanna em “Bastardos Inglórios” (2009), que com “Galveston” (2018), seu quarto longa como diretora, prova que tem uma carreira promissora atrás da câmeras, assim como a de atriz.

Roy (Ben Foster) é um matador de aluguel rústico que recebe o diagnóstico de uma doença incurável e (como desgraça pouca é bobagem) logo em seguida cai numa armadilha feita pelo seu chefe; armadilha da qual escapa e leva uma refém com ele, a jovem prostituta Rocky (Elle Fanning). E juntos eles partem em fuga numa trajetória de violência e emboscadas.


O longa é baseado no romance homônimo de 2010 de Nic Pizzolatto, criador e roteirista da série de sucesso da HBO “True Detective” e um dos grandes nomes do gênero noir na atualidade. “Galveston” é um thriller de vingança implacável e solidariedade que vira amor. Demônios dos personagens vêm à tona, suas inseguranças e medos diante de um futuro incerto de fuga e solidão.

A trama passa pela Lousiana, pelo Golfo do México, onde os personagens tem raros momentos de alegria, até  Galveston no Texas, onde Roy vai tentar redimir uma vida de crimes e fracassos,  e Rocky parece ser a oportunidade perfeita para isso: uma moça também sem nada a perder e uma criança de 3 anos. Ben Foster é muito talentoso e tem uma bela carreira em ascensão, seu personagem é sofrido e mau, do tipo que nunca demonstra emoção, ao lado da igualmente soberba Elle Fanning (uma das grandes estrelas de sua geração) que vive essa garota intensa que só quer fugir do passado violento e ter uma vida simples e feliz;  a química entre os dois é ótima, e o que a princípio era cuidado dele para com ela, vai se transformando em amor e companheirismo.

Mélanie Laurent parece começar a imprimir um estilo próprio nas telonas: com o foco em figuras femininas fortes, laços, e o de não fazer concessões para agradar o público, tudo é muito cru: a brutalidade, violência, estupro e abandono - as cenas são difíceis de assistir e a emoção aflora num final agridoce, porém necessário.


Vale Ver !



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