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PiTacO do PapO - 'Velozes e Furiosos: Hobbs & Shaw' | 2019

NOTA 7.5

Por Sérgio Ghesti @meuhype


O carisma da franquia 'Velozes e Furiosos' criada em 2001 vai além das inventivas cenas de ação e efeitos especiais que são sua marca registrada, já são 8 filmes com grande apelo popular, talvez nem o fã mais otimista acreditaria que um filme em torno de corridas de rua ilegais e assaltos cresceria a ponto de ser uma das sagas de filmes de ação mais consolidadas e rentáveis atualmente. O desafio com passar dos anos é surpreender o público e também renovar as histórias. Dessa forma, Dwayne Johnson (The Rock) entrou na história no quinto filme, inclusive ofuscando o astro principal Vin Diesel e gerando ciúmes nos bastidores, o personagem de Hobbs rapidamente agradou os fãs e esquentou o clima de competição entre os astros. 


Era de se esperar que após praticamente comandarem as principais cenas de ação de 'Velozes e Furiosos 8' (2017), a ideia do primeiro spin-off da franquia seria focado nos divertidos  personagens de Hobbs (Dwayne Johnson) e Shaw (Jason Statham), o meio vilão que apareceu no sexto filme e não saiu mais. Aliás, mesmo com um roteiro tecnicamente preguiçoso para ir além do esperado e também com um humor bobo e mal executado, temos na química dos dois astros de ação , o maior atrativo do filme que não deixa a desejar para a franquia original. Um dos destaques é o vilão Brixton Lore (Idris Elba) um agente de campo do MI6 que possui uma tecnologia cibernética e genética, uma super força que será usada para interesses que confrontam o bem da humanidade, seu papel mesmo limitado, é uma adesão importante. Quem rouba a cena é a personagem da atriz Vanessa Kirby (irmã de Shaw), ela entra na história e tem papel fundamental na trama sem  decepcionar, seja atuação ou também na hora da ação. O lado fofo da trama  vai para a filha de Hobbs interpretada por Eliana Sua, também conhecemos o restante de sua família na ilha da Samoa Ocidental em um momento divertido que o personagem precisa recorrer às suas raízes. 

Esse tipo de filme pipoca parece na medida certa para uma distração sem compromisso com a verdade, e isso Velozes faz bem. Na trama,  desde que se conheceram, em "Velozes & Furiosos 7", Luke Hobbs (The Rock) e Deckard Shaw (Statham) constantemente bateram de frente, não só por inicialmente estarem em lados opostos mas, especialmente, pela personalidade de cada um. Agora, a dupla precisa unir forças para enfrentar Brixton (Idris Elba), um anarquista alterado geneticamente que se tornou uma ameaça biológica. Para tanto, eles contam com a ajuda de Hattie (Vanessa Kirby), irmã de Shaw, que é também agente do MI6, o serviço secreto britânico. Eles vão lutar contra o tempo em uma ameaça global causada por um vírus que em mãos erradas pode significar o fim da paz mundial. 

O nono capítulo da série Velozes e Furiosos, o primeiro em Spin-off,  dirigido por David Leitch ('John Wick', 'Atômica' e 'Deadpool 2' ), consegue variar o ritmo entre ação e comédia, com momentos que cumprem seu papel mesmo que falhe em abusar da mesma narrativa dos filmes anteriores e transformando tudo em um espetáculo fora da realidade- talvez isso já seja sua marca registrada. O principal problema é a repetição de clichês e a longa duração: o filme se torna cansativo, buscando impressionar a cada cena e tentando transformar algo que foi levemente divertido por 30 minutos em 'Velozes e Furiosos 8'  em uma produção de mais de 2 horas que não se sustenta por completo. Detalhe para as participações especiais incluindo um falastrão Ryan Reynolds, um Kevin Hart fazendo o papel de sempre e uma Helen Mirren louca para entrar nessa brincadeira. 

Após o filme há várias cenas pós créditos. 'Velozes e Furiosos 9' já está confirmado para 2020 e outro Spin-off com as mulheres da franquia também é previsto para  breve. Esqueça a lógica, desligue o cérebro e divirta-se!


Vale Ver !


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