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PiTacO do PapO - 'Kursk - A Última Missão' | 2018

NOTA 8.5

Por Rogério Machado


A produção franco-belga 'Kursk' é mais  um daqueles ótimos filmes que se perdem na distribuição nacional e custam a chegar às salas do Brasil, que claro, sempre preferem dar 'cadeira' para os blockbusters e o cinemão hollywoodiano. A direção do já conceituado cineasta dinamarquês Thomas Vinterberg (do excepcional 'A Caça' - 2012),  configura um bom cartão de visitas para esse drama que é baseado em eventos reais.


O longa é inspirado na história do K-141 Kursk, o submarino nuclear russo que afundou no Mar de Barents em agosto de 2000. À medida que 23 marinheiros lutam pela sobrevivência dentro da embarcação, as suas famílias desesperadas combatem obstáculos burocráticos e probabilidades assustadoras para conseguirem encontrar respostas e salvar seus entes queridos.

Matthias Schoenaerts é Mikhail Averin que aqui representa a classe e tem a tarefa de ilustrar o que tantas famílias viveram nos dias sem notícias após o acidente com o submarino. Sua esposa Tanya (Léa Seydoux) encabeça a luta por respostas e pressiona as autoridades navais para que tragam seu marido assim como todos os seus companheiros da embarcação. Entre as autoridades russas, Vladimir Petrenko (a lenda do cinema Max Von Sydow), preso a uma política interna nefasta, negava a ajuda de outros países, entre eles a Inglaterra, que através do comodoro David Russel (Colin Firth) tentava uma aproximação oferecendo recursos eficazes para o resgate daqueles homens, já que todos os resgates russos falharam por usarem equipamentos sucateados, que não passavam por uma manutenção há anos , assim como o próprio K-141. 

'Kursk', que inclusive teria sido 'barrado' na Rússia por Vladimir Putin, apresenta toda a ignorância e desrespeito com a vida humana, onde a Rússia se contrapõe a qualquer tipo de ajuda por motivos políticos, ou simplesmente por capricho; ou até quem sabe para não expôr segredos navais à potenciais inimigos. Ecos da Guerra Fria? Sim, pode ser que isso também explique tamanha indiferença aos sobreviventes dessa que foi a maior tragédia subaquática da história. 

Vinterberg mais uma vez entrega uma obra  poderosa e bela. Dosa bem o drama, a ação , o suspense, o que resulta  em um trabalho denso, mas com um ritmo muito bem distribuído nas quase duas horas de projeção. 


Vale Ver !


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