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'Bad Boys para Sempre' | 2020

NOTA 8.0

Por Rogério Machado

Quase 25 anos separam 'Bad Boys para Sempre' de seu filme de origem, 'Os Bad Boys' , que introduzia Will Smith ao cinema de ação, gênero que viria mais tarde a consagrá-lo como ícone. Junto com ele, Martin Lawrence, na época também um estreante em blockbusters, mas que somava força cômica a um modo de fazer cinema que já havia destacado Eddie Murphy nos anos 80 por exemplo. A série 'Bad Boys', que trouxe o gênero ação+comédia aos anos 90, ganhou um segundo filme em 2003. Mesmo sem grande alarde como em sua estreia, parecia mesmo providencial um terceiro filme, trazendo a nostalgia e renovando a produção para uma nova geração de fãs. 


‘Bad Boys Para Sempre' é focado na polícia de Miami e no grupo de elite AMMO em sua tentativa de derrubar Armando Armas (Scipio), chefe de um cartel de drogas. Armando é um assassino de sangue frio, com uma natureza cruel e provocadora. Ele está comprometido com o trabalho do cartel e é enviado por sua mãe para matar Mike (Smith). Paola Nuñez na trama interpreta Rita, uma psicóloga criminal durona e engraçada que é recém-nomeada chefe da AMMO e é ex-namorada de Mike. Juntos eles terão que enfrentar a fúria de uma vingança arquitetada por Isabel (Kate Del Castillo), uma mulher com quem Mike se envolveu no passado. 

Muito diferente de franquias caça-niqueis que estão a cada dois anos  sendo requentadas e oferecidas ao público, a nova aventura dos 'Bad Boys' apresenta novidade ao brincar com o conflito de gerações. Os veteranos Mike e Marcos precisam lidar com a modernidade dos drones, dos hackers e os demais insumos de uma polícia informatizada, além do modo de agir em relação aos novos companheiros de trabalho, todos muito jovens e com visões táticas diferentes. Esse embate rende boas sequências e é um dos pontos cruciais para a aventura tomar corpo ao longo dos 120 min de projeção. 

Ainda que se renove, 'Bad Boys para Sempre' não abandona as origens e também acerta ao pinçar elementos do passado e rememorar o público do legado da dupla. Não vemos só o amadurecimento de dois personagens marcantes, mas também a evolução da jornada do herói: o medo da solidão, assim como os receios do avançar da idade, ou ainda a preocupação com a família e como ela evolui, são pontos que agregam à narrativa. Os policiais que antes metiam as caras, hoje são mais comedidos e sabem que precisam se ajustar ao novo momento, muito embora isso não aconteça o tempo todo, senão não estaríamos falando de um filme de ação. 

Ação bem distribuída, piadas que funcionam e personagens que continuam mantendo a empatia que um dia conquistou seu público. A dupla de jovens diretores belgas Adil El Arbi e Bilall Fallah certamente fizeram um bom trabalho, e a boa expectativa de um quarto filme (já anunciado inclusive), permanece ao subir dos créditos. 


Vale Ver !


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