PiTacO do PapO - ‘A Vida e Morte de John F. Donovan’ | 2019
NOTA 6.5
Por Rogério Machado
É público e notório o cinema militante de Xavier Dolan. O jovem cineasta canadense que atraiu os olhares do mundo com 'Eu Matei Minha Mãe' (2009) e logo depois com 'Amores Imaginários' (2010), se assumiu gay muito cedo, com apenas 15 anos, e claro, fez de seus filmes um vasto terreno de cinema autobiográfico. Não raras vezes percebemos o quão íntimo dele são os temas que o jovem prodígio decidiu levar às telas. Em seu novo filme isso fica ainda mais patente, já que se revelou muito precocemente e veio a sofrer o ônus disso.
'The Death and Life of John F. Donovan' (no original), que foi escrito por Dolan e Jacob Tierney, conta a vida de um jovem ator norte-americano (vivido por Kit Harrington) que procura atingir o estrelato na indústria cinematográfica. Ele já é um grande astro da tevê onde protagoniza uma série de sucesso, no entanto, tudo vira de cabeça para baixo quando sua troca de cartas por vários anos com Rupert (Jacob Tremblay), um garoto de 11 anos, se torna conhecida e os rumores maliciosos sobre uma suposta pedofilia atormentam a sua vida pessoal e profissional.
O filme passa-se vinte anos após a morte de Donovan, numa espécie de memória do jovem Rupert , que se tornou também um ator , escreveu um livro, e revive toda história dando uma entrevista à uma importante jornalista, Audrey (Thandie Newton).
O longa que não chegou a passar pelos cinemas brasileiros, tem inúmeras referências à juventude de Dolan: não só a homossexualidade como a relação complicada com a mãe , Grace (Susan Sarandon), são alguns dos elementos recorrentes em suas histórias. O problema em específico de 'A Vida e a Morte de John F. Donovan', é a forma atropelada como tudo é narrado ao espectador, além da certa apatia no desenvolvimento - que chega a ser compreensível, dado às polêmicas e problemas na fase de edição, que culminou no corte da participação da atriz Jessica Chaistain.
'A Vida e a Morte de John F. Donovan' nos conta sobre ambições da juventude. Sobre ter um modelo de vida que seja aprovado para o showbiz (ou para a sociedade) e suas pretensões de perfeição; e de quantos muitas das vezes não suportam tal fardo. O filme ainda conta com outra grande estrela em seu casting; Natalie Portman, que vive a mãe de Rupert. Pena que nem o brilho de um elenco de peso, fazem com que a projeto seja bom o suficiente e à altura do talento de Dolan - fica para a próxima.
Vale Ver Mas Nem Tanto!
O filme passa-se vinte anos após a morte de Donovan, numa espécie de memória do jovem Rupert , que se tornou também um ator , escreveu um livro, e revive toda história dando uma entrevista à uma importante jornalista, Audrey (Thandie Newton).
O longa que não chegou a passar pelos cinemas brasileiros, tem inúmeras referências à juventude de Dolan: não só a homossexualidade como a relação complicada com a mãe , Grace (Susan Sarandon), são alguns dos elementos recorrentes em suas histórias. O problema em específico de 'A Vida e a Morte de John F. Donovan', é a forma atropelada como tudo é narrado ao espectador, além da certa apatia no desenvolvimento - que chega a ser compreensível, dado às polêmicas e problemas na fase de edição, que culminou no corte da participação da atriz Jessica Chaistain.
'A Vida e a Morte de John F. Donovan' nos conta sobre ambições da juventude. Sobre ter um modelo de vida que seja aprovado para o showbiz (ou para a sociedade) e suas pretensões de perfeição; e de quantos muitas das vezes não suportam tal fardo. O filme ainda conta com outra grande estrela em seu casting; Natalie Portman, que vive a mãe de Rupert. Pena que nem o brilho de um elenco de peso, fazem com que a projeto seja bom o suficiente e à altura do talento de Dolan - fica para a próxima.
Vale Ver Mas Nem Tanto!
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