'Viver Duas Vezes' | 2020
NOTA 8.0
Por Rogério Machado
Em 'Viver Duas Vezes' , novo filme com o selo Netflix, o que importa não é o objetivo e sim como o caminho é percorrido. Essa dramédia espanhola com muitos motivos para a sessão, tem seu ponto alto no elenco: a começar pelo veterano Oscar Martinez ('Relatos Selvagens' - 2014), que não raras vezes me toca profundamente pela maneira como evolui seus personagens. Independentemente do gênero, o ator que hoje está entre os grandes nomes do cinema argentino, consegue fazer aflorar emoção no público. A boa nova é que todo casting, sem exceção, tem êxito - até a atriz mirim Mafalda Carbonell, que protagoniza cenas impagáveis.
Na história, EmÃlio (Oscar MartÃnez) é um professor de matemática aposentado que curte a vida do seu jeito. Faz Sudoku (que ele insiste em chamar de quadrado mágico), passeia por aà e ama comer pão com tomate sempre no mesmo cantinho de um bistrô da cidade. A situação munda radicalmente, porém, quando ele é diagnosticado com Alzheimer e, assim, enxerga a oportunidade final de sair pela Argentina para encontrar o seu eterno romance de juventude.
Para isso ele terá que contar com a ajuda de sua filha , Julia (Inma Cuesta) e sua neta Blanca (Carbonelli), parentes que mais pareciam estranhos, que mal se falavam até a doença de EmÃlio se fazer conhecida. E é esse momento delicado que fará com que a famÃlia se volte para a situação e se una, se interesse uns pelos outros e comecem a enfrentar os problemas (ligados ou não à doença) de frente. Todo esse drama poderia se alocar num lugar comum, não fosse a leveza com que é tratado. O bom humor que permeia o roteiro é o frescor do longa da já consagrada Maria Teresa Ripoll, que usa todo o potencial de seus atores, o que se traduz na inevitável empatia criada desde os primeiros frames.
Em dado momento, a produção assume o formato dos 'filmes de estrada',- os famosos rodie movie -, e por incrÃvel que pareça, é nesse momento que o longa perde um pouco do charme inicial, onde se rende à s fórmulas desse subgênero. Porém, felizmente, o tom inicial é retomado na terça parte e com ele uma dose acima de melodrama, mas nada que interfira no clima estabelecido na abertura. Como toda boa dramédia, a proposição de chamar à reflexão em meio a risos e lágrimas é patente em 'Viver Duas Vezes', e sim , a sugestão se mostra atraente para todo tipo de público ...basta ver de coração aberto.
Vale Ver !
Para isso ele terá que contar com a ajuda de sua filha , Julia (Inma Cuesta) e sua neta Blanca (Carbonelli), parentes que mais pareciam estranhos, que mal se falavam até a doença de EmÃlio se fazer conhecida. E é esse momento delicado que fará com que a famÃlia se volte para a situação e se una, se interesse uns pelos outros e comecem a enfrentar os problemas (ligados ou não à doença) de frente. Todo esse drama poderia se alocar num lugar comum, não fosse a leveza com que é tratado. O bom humor que permeia o roteiro é o frescor do longa da já consagrada Maria Teresa Ripoll, que usa todo o potencial de seus atores, o que se traduz na inevitável empatia criada desde os primeiros frames.
Em dado momento, a produção assume o formato dos 'filmes de estrada',- os famosos rodie movie -, e por incrÃvel que pareça, é nesse momento que o longa perde um pouco do charme inicial, onde se rende à s fórmulas desse subgênero. Porém, felizmente, o tom inicial é retomado na terça parte e com ele uma dose acima de melodrama, mas nada que interfira no clima estabelecido na abertura. Como toda boa dramédia, a proposição de chamar à reflexão em meio a risos e lágrimas é patente em 'Viver Duas Vezes', e sim , a sugestão se mostra atraente para todo tipo de público ...basta ver de coração aberto.
Vale Ver !
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