Adsense Cabeçalho

'100 Quilos de Estrelas' cativa, mas não encanta | 2020

NOTA 6.5

Por Rafael Yonamine @cinemacrica


A paixão pelo Universo é o agente motivador da adolescente Lois. Apesar de ser comum, especialmente quando mais jovens, nutrir admiração e ser profundamente orientado pela preferência em determinados temas, deve-se reconhecer que algumas pessoas apresentam graus de apego mais elevado. Esse é o caso de Lois. Ela interessa-se ao ponto de decorar o quarto com artigos que remetem à viagem espacial, veste-se com estampas do tema, participa de feiras de ciência e, principalmente, tem o desejo de tornar-se astronauta. O empecilho, entretanto, é a restrição imposta pelo sobrepeso.


De temática leve e previsivelmente não gananciosa, é possível identificar nos elementos descritos que o longa aproxima-se daquelas fórmulas feitas para agradar o público adolescente. Apesar de realmente não ser possível negar essa proposta por completo, tampouco relevar a simplicidade do todo, "100 Quilos de Estrelas" não é um clichê absoluto. A direção de Marie-Sophie Chambon é hábil em persistir com um traço melancólico ao longo do filme que o deixa com ao menos um leve ponto de contato com a sobriedade. Evita-se assim, o arrebatamento por completo das sequências vazias tão comuns em obras do gênero. Também é possível apreciar a boa química entre o grupo de 4 amigas. Mais que isso, a protagonista é capaz de lapidar o caráter carismático que lhe é pertinente.

No demais, os elementos não são notavelmente distintos. Após a frustração da impossibilidade de ser astronauta atingir seu nível máximo, Louis deixa de se alimentar e se interna num hospital de reabilitação adolescente. Lá, conhece outras 3 colegas de quarto com suas respectivas debilidades e perfis comportamentais particulares que, de alguma forma, se antagonizam e complementam Louis. Sem muita criatividade, o grupo de amigas envereda num road movie que não vai se desvencilhar do óbvio. A jornada vai percorrer o ciclo das descobertas, frustrações e conflitos coletivos, desembocando na aceitação. Não inspira, mas cativa.

Vale Ver Mas Nem Tanto !


Nenhum comentário